É que eu não quero descambar pro radicalismo, mas tô me achando meio radical sim. Mas uma radical suave. Hoje durante a arrumação da bancada da cozinha fiquei me achando uma patricinha falando de veganismo e ao mesmo tempo fazendo uma obra gigante. OK, eu resolvi me tornar vegana 1 mês depois da minha obra começar. Antes disso era heavy-metal, pedi até um forno de 90cm, daqueles que "cabem um peixe inteiro".
Aí fui abarrotada, do jeitinho que eu adoro, pela visão vegana, que fez meu olhar ampliar assustadoramente. Quando dei por mim, já tinha cortado, além dos ítens clássicos da alimentação, vários outros que sempre fizeram parte da minha despensa.
Hoje fiquei raciocinando...OK, quando eu decidi pelo veganismo minha casa já estava quebrada, no osso. Não dava pra voltar atrás. Aí saí cortando um monte de coisas no projeto, tipo quantidade de pontos de luz, revestimentos, etc. Beleza que iluminação é a nona maravilha do mundo (a oitava é o veganismo), mas peraí, é a minha casa, não é a cerimônia do Oscar, e não quero casa com cara de hotel.
Depois na hora de botar o piso, radicalizei: altos pisos maravilhosos no mercado...tudo caro demais pra minha cabeça de hoje. Comprei duas latas de tinta para piso Novacor, sem produto de origem animal segundo o fabricante, e ela foi aplicada no piso anterior. Que achado! A textura não é das mais agradáveis, achei meio áspero, mas e daí? Gastei R$120,00 pra pintar o chão da sala e quando penso nisso a aspereza do chão fica até suave...
Entrar de sapato em casa eu já não entro faz tempo, então meu chão fica sujo só da poeira que entra pelo vento. Depois de veganizar, cortei absolutamente todos os produtos de limpeza. Unilever e Cia se dependerem de mim vão precisar mudar o rumo da prosa.
E limpar a casa com água, limão e vinagre.....gente....vai por mim! Fica com cheiro de fazenda!
O vinagre evapora e fica só o cheiro do limão. Vinagre agora fica do lado do detergente Bio Wash...já mergulhou aquelas pratas escurecidas pelo tempo em água e duas colheres de vinagre? É passar a esponja e falar: OOOOOH! Veja Multiuso, Pinho isso, Pinho aquilo, Vanish, OMO, Limpa Vidro, Cif, Sapólio e todos os que testam ou usam componentes animais em sua formulação...nada disso mais faz parte da minha vida.
E ainda sobra um troco maneiro, porque produto de limpeza convencional é caro à beça.
É a tal coisa...radicalizar suavemente....olha que radicalismo fofo: limãozinho, vinagre e água!
28 de fev. de 2013
25 de fev. de 2013
Ética e (é?) ingenuidade
Minha casa está em obras e agora que a obra terminou começo a ver todas as imperfeições que precisam ser corrigidas. É a finalização, parte mais difícil e minunciosa de qualquer coisa, aquela hora que se arrasta até você falar "OK, está pronto".
Mas o que eu fico mais chocada é o seguinte: de A a Z as partes prestadoras de serviço parecem não se incomodar em deixar o trabalho malfeito. Dane-se que o trabalho vai carregar seu nome, sua postura. Dane-se o combinado, dane-se, pois o dinheiro não é meu. Dane-se que eu marquei às 8h, não fui e não avisei, dane-se que quem me contratou precisa de mim pra resolver o problema. Não tenho nome a zelar, aliás, zelar nome é coisa de ingênuos, deixa rolar que não dá em nada. E daí que a pessoa mora sozinha e precisa desmarcar trabalho pra ficar me esperando? Se ela fez uma obra, deve estar cheia de dinheiro, essa patricinha. Tá bom fazer 90% do trabalho e deixar 10% capenga. O que é que tem? Pra que esse drama todo?
Pra que esse drama todo?
Eu é que não vou perder meu dia, deixa ela lá esperando. Eu prometi fazer, mas não fiz e não faço, não sei fazer ou não quero fazer, dá no mesmo, dane-se. É muito exagero fazer drama com uma coisa tão pequena. Ninguém vai reparar se não tem acabamento, o aparente é o que importa. Se parece novo, isso basta. Deixe imperfeito, e depois que a pessoa sentir a dificuldade na pele, vc aproveita e cobra caro por uma visita pra consertar um erro seu. É maneiro, não dá em nada e vc ganha duas vezes.
.
Tô passando pelo maior teste de tolerância da minha vida.
Na educação e no respeito a coisa afrouxa.
É dar um piti que a coisa anda.
Eu não sou assim, eu não trabalho assim.
Malandragem pra mim é fazer o certo, fazer melhor que o certo, surpreender e ganhar propaganda de graça, sorriso na cara e um convite pra um café futuro.
Não tem malandragem maior do que ser ético.
As coisas funcionam melhor. Não quer dizer que não tenha espaço pro erro. Não tem problema errar. O problema é só a vítima do erro se incomodar. Errou, avise, na hora, e se vira do avesso pra consertar. Consertou? Avise, na hora, que o problema está resolvido. E nunca, jamais, roube tempo, expectativa, dinheiro ou saúde de ninguém.
Por que esse papo aqui?
Porque aqui é onde eu posso me dar ao luxo de defender a ética no máximo grau sem ninguém me chamar de boba.
Porque pra mim chamar alguém de ingênuo é elogio. Viva a resistência dos ingênuos!
Mas o que eu fico mais chocada é o seguinte: de A a Z as partes prestadoras de serviço parecem não se incomodar em deixar o trabalho malfeito. Dane-se que o trabalho vai carregar seu nome, sua postura. Dane-se o combinado, dane-se, pois o dinheiro não é meu. Dane-se que eu marquei às 8h, não fui e não avisei, dane-se que quem me contratou precisa de mim pra resolver o problema. Não tenho nome a zelar, aliás, zelar nome é coisa de ingênuos, deixa rolar que não dá em nada. E daí que a pessoa mora sozinha e precisa desmarcar trabalho pra ficar me esperando? Se ela fez uma obra, deve estar cheia de dinheiro, essa patricinha. Tá bom fazer 90% do trabalho e deixar 10% capenga. O que é que tem? Pra que esse drama todo?
Pra que esse drama todo?
Eu é que não vou perder meu dia, deixa ela lá esperando. Eu prometi fazer, mas não fiz e não faço, não sei fazer ou não quero fazer, dá no mesmo, dane-se. É muito exagero fazer drama com uma coisa tão pequena. Ninguém vai reparar se não tem acabamento, o aparente é o que importa. Se parece novo, isso basta. Deixe imperfeito, e depois que a pessoa sentir a dificuldade na pele, vc aproveita e cobra caro por uma visita pra consertar um erro seu. É maneiro, não dá em nada e vc ganha duas vezes.
.
Tô passando pelo maior teste de tolerância da minha vida.
Na educação e no respeito a coisa afrouxa.
É dar um piti que a coisa anda.
Eu não sou assim, eu não trabalho assim.
Malandragem pra mim é fazer o certo, fazer melhor que o certo, surpreender e ganhar propaganda de graça, sorriso na cara e um convite pra um café futuro.
Não tem malandragem maior do que ser ético.
As coisas funcionam melhor. Não quer dizer que não tenha espaço pro erro. Não tem problema errar. O problema é só a vítima do erro se incomodar. Errou, avise, na hora, e se vira do avesso pra consertar. Consertou? Avise, na hora, que o problema está resolvido. E nunca, jamais, roube tempo, expectativa, dinheiro ou saúde de ninguém.
Por que esse papo aqui?
Porque aqui é onde eu posso me dar ao luxo de defender a ética no máximo grau sem ninguém me chamar de boba.
Porque pra mim chamar alguém de ingênuo é elogio. Viva a resistência dos ingênuos!
18 de fev. de 2013
Outra pausa na mudança...
...não somos apenas nós, os veganos mala sem alça, que defendemos a alimentação vegana.
A ONU também.
Leia a matéria do jornal britânico Express.
A ONU também.
Leia a matéria do jornal britânico Express.
11 de fev. de 2013
Parei a mudança!
Tô fazendo mudança durante o carnaval, mas a pausa é só pra dizer que:
80% dos antibióticos vendidos nos EUA vão para animais criados e mortos para a indústria alimentícia, para acelerar o crescimento e compensar os efeitos de insanidade causados pelo confinamento.
E você aí, falando que não consegue viverrr sem seu café com leite, seu pão com manteiga, seu ovinho, seu bifinho ou sua "carne branca".
fonte: http://milk.procon.org/
80% dos antibióticos vendidos nos EUA vão para animais criados e mortos para a indústria alimentícia, para acelerar o crescimento e compensar os efeitos de insanidade causados pelo confinamento.
E você aí, falando que não consegue viverrr sem seu café com leite, seu pão com manteiga, seu ovinho, seu bifinho ou sua "carne branca".
fonte: http://milk.procon.org/
1 de fev. de 2013
Falou e disse, Chef!
"Produtos resultantes da exploração e do sofrimento animal são amplamente comercializados e aceitos pela maioria das sociedades. O raciocínio leva a concluir: se é “legal”, deve ser moral. A chancela do governo, da cultura e das religiões legitima o crime da matança dos animais e o transforma no crime perfeito. Os consumidores vêem no direito de escolha, um exercício de sua liberdade individual visto que animais e seus derivados são commodities, classificados simplesmente como produtos. Então, se é nosso direito, por que não o fazer? E se todos fazem, e não o fizermos, do que estaremos nos privando?
Os nossos sentidos são desde cedo condicionados a sabores, odores e texturas. A maior parte das pessoas prefere não saber o que existe por trás da indústria alimentícia e principalmente questionar seus hábitos antigos. Alguns preferem a alienação a abrir mão dos seus prazeres gustativos. Ouço isso constantemente e observo o que as pessoas comem. Anos atrás, quando consumia carne, minha alimentação era muito mais restrita do que hoje. Ao deixar de consumir produtos de origem animal veganos descobrem um novo e colorido universo de alimentos"
Leia a ótima entrevista com o Chef Daniel Biron aqui.
Segundo novo feriado no meu calendário!
É o seguinte: eu sou chata.
Eu sou legal mas eu sou chata.
Aí ocorre que eu tô aqui no maior veganismo vegano da minha veganidade-nagô e de repente recebo aquele presentinho maneiro, cheio de carinho, com laço de cetim e cartãozinho e tudo.
Abro o pacote cheia de esperança e voilá: uma bolsa cheia de cosméticos maravilhosos, shampoos caros, sabonetes da lavanda mais cheirosa, cremes milagrosos...coisa fina! Tudo caro, marca "boa".
Eu era fanática por cosméticos (OK, muitos eu comprava e nem usava, por pura preguiça), então era sabidamente um presente que fazia sucesso comigo. Meu banheiro tinha shampoo Lancôme, toda a linha Verbena da L'Occitane, cremes Shiseido...era o verdadeiro parque dos horrores.
Aí rolou no aniversário.
Depois no Natal.
E volta e meia rola.
E eu agradeço e reconheço o carinho, eu sei que as coisas foram compradas com boas intenções.
Mas não uso e não vou usar.
Na verdade (foi mal aí se vc que tá lendo me deu recentemente algum presente destes), eu viro a esquina e me desfaço deles.
Não tenho coragem de falar pra pessoa "ah, mas eu só uso isso sob a mira de um revólver", então eu simplesmente ganho, agradeço, sorrio e, plim!, despacho o pacotinho ou o pacotão no primeiro minuto.
Só que, olha o dilema: eu me desfiz dos últimos presentaços dando pra alguém que ia usar. Olha que besta!
Só agora, pensando na proibição dos testes na União Européia, me dei conta disso. Ou seja: eu ganho uma pedra de crack, não uso, mas dou pra primeira criatura que passar do meu lado.
Maneira eu, né? Pessoa generosa, "do bem".
É que eu fico com sentimento de culpa, porque a pessoa que comprou o presente lembrou de mim, escolheu uma coisa que achava que eu ia gostar, aí pagou os olhos da cara, guardou e esperou até nos encontrarmos para me entregar.
Sacanagem jogar fora, né?
Pois então, gente boa, acabo de receber aqui uma autorização reconhecida em cartório do meu cérebro e do meu coração para jogar fora toda e qualquer coisa que eu ganhar e que for testada em bicho, ou tiver qualquer vestígio de bicho em sua composição. Se a gente parar pra pensar, que coisa sinistra isso...pega a tripa do bicho e passa na cara...bebe o sangue do bicho...que bizarrice é essa?
Dia 01/02/2013 - Dia da obrigatoriedade de inutilizar todo e qualquer presente contendo qualquer coisa que não seja de origem vegetal. Uma data para comemorar!
Agora, te digo uma coisa: se você tiver o privilégio de tomar um banho na minha casa hoje em dia e usar meus novos produtos, vai ficar bolado. Vai viciar!
11/03/2013 - Novo feriado no meu calendário!
A partir deste dia fica proibida a venda na União Européia de qualquer produto cosmético testado em animais.
A decisão é histórica, data para se comemorar e ao mesmo tempo se abismar ao concluir como a humanidade é dissimulada no quesito ética.
Algumas grandes empresas que não testavam em animais e passaram a testar (você não leu errado) para entrar no mercado da China, onde os testes são obrigatórios, se quiserem vender na Europa, terão que parar de testar nos bichos.
Portanto, L'Occitane e Mac, por exemplo, terão que fazer o sacrifício de serem éticas.
É a minha teoria de que as empresas fazem de tudo, inclusive serem éticas, para terem lucro.
Por aqui não vejo o menor engajamento das pessoas no sentido de boicotar marcas de lucram com exploração. É tão simples, e não causa o menor desgaste para quem toma a decisão. Em vez de comprar A, comprar B, pode fazer com que empresas de qualquer lugar do mundo façam o que tem de ser feito.
Mas quem disse que os bonitos estão aí pra isso?
Veja a matéria no Vista-se.
A decisão é histórica, data para se comemorar e ao mesmo tempo se abismar ao concluir como a humanidade é dissimulada no quesito ética.
Algumas grandes empresas que não testavam em animais e passaram a testar (você não leu errado) para entrar no mercado da China, onde os testes são obrigatórios, se quiserem vender na Europa, terão que parar de testar nos bichos.
Portanto, L'Occitane e Mac, por exemplo, terão que fazer o sacrifício de serem éticas.
É a minha teoria de que as empresas fazem de tudo, inclusive serem éticas, para terem lucro.
Por aqui não vejo o menor engajamento das pessoas no sentido de boicotar marcas de lucram com exploração. É tão simples, e não causa o menor desgaste para quem toma a decisão. Em vez de comprar A, comprar B, pode fazer com que empresas de qualquer lugar do mundo façam o que tem de ser feito.
Mas quem disse que os bonitos estão aí pra isso?
Veja a matéria no Vista-se.
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