26 de set. de 2012

Heróis ou Terroristas?

Depende do ponto de vista.
Pros animais e defensores de animais, heróis.
Pro dono de laboratórios, fazendas, frigoríficos, etc, são terroristas.
Para o FBI, a mais importante organização terrorista "doméstica". Amei!

Antes de qualquer coisa, este é um senhor documentário.
Chama-se Behind the Mask e mostra quem está por trás das máscaras da Animal Liberation Front, grupo que segue os seguintes preceitos:

1 - Libertar animais em situação de abuso
2 - Promover danos econômicos a quem lucra com a exploração animal
3 - Revelar as atrocidades cometidas contra os animais
4 - Não ferir nenhum animal humano ou não humano durante as operações



"Nós só vimos mudanças acontecerem na nossa sociedade quando leis foram quebradas", diz Shannon Keith, diretora do documentário.


Maravilhoso!
ALF rules!





Como os gatos ouvem música





Ouvindo Stevie Wonder





       Ouvindo House Music



 
Ouvindo Metal




Ouvindo Hip-Hop





Ouvindo gansta Rap





Ouvindo techno (loucão de êxatse)









Até caneta BIC?

Até caneta BIC.

Sabe aquela cena de O Iluminado? A do quarto que de repente é invadido por uma tsunami de sangue? Eu tô vendo tudo assim, desde que eu comecei a saber que pra onde a gente olha, tem sangue de animal. Seja na matéria-prima dos produtos todos - a maioria dos alimentos, móveis, roupas, sapatos, bijuterias, cosméticos - nos testes de laboratórios, nas aulas de medicina e até nos laboratórios de escolas, isso sem falar da indústria do entretenimento sádico (zoológicos, aquários, circos, etc).

Agora acabo de ler no Vista-se que a BIC testa a toxidade da tinta e do plástico em animais.

O médico Ray Greek, numa entrevista à revista Veja, disse que os testes em animais atrasam a ciência (entrevista completa aqui):


“As drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro.”



A maioria das pessoas diz que gosta de animais, mas não vejo muita adesão a um boicote aos seus produtos preferidos quando descobrem que seus fabricantes testam em animais. O simples boicote seria a melhor resposta, até porque a indústria é capaz de fazer tudo - até ser ética - pra não ter prejuízo financeiro.



24 de set. de 2012

Os 3 Pês do Marketing estúpido

1 litro de leite de aveia Isola Bio no supermercado Pão de Açúcar: R$15,00
1 litro de leite de amêndoas Amandin no Mundo Verde: R$ 31,70
1 litro de leite de arroz Bio Rice na loja Grão Integral: R$18,20 
1 litro de leite de aveia na loja virtual Sim (simalimentos.com.br) custa R$10,50 - mas está esgotado
1 litro de leite de arroz na mesma loja custa R$10,50 - também esgotado
1 litro de leite de chufa na mesma loja virtual custa R$14,20 - adivinha? Também esgotado!

Todas as marcas que eu encontro no mercado para vender são italianas. Sei que existe o da Jasmine, mas nunca encontrei pra vender aqui no Rio. Algumas vezes elas chegam na prateleira e no dia seguinte, somem. Ou seja, tem mercado pra eles.

Os produtos são caríssimos (preço médio de R$17,00).
Tem mercado consumidor!
O público-alvo tem dinheiro!
Existem revistas especializadas!
Quase não tem concorrência!
Existem pontos de venda interessados!
Só falta o produto!

Alguém me explica o porque da cegueira da nossa indústria?

Terá sido meu primeiro ato ativista?

Eu fotografo gastronomia (meu maior conflito atualmente), e um dos meus clientes é a revista Prazeres da Mesa.
Quando comecei a fotografar pra eles, em outubro de 2011, eu comia de tudo: carne de todos os bichos, leite, mel, queijos, até me gabei por ter encontrado em Paris o melhor brioche de foie-gras do universo.
Nesta época, tudo o que eu olhava e comia era associado simplesmente à "ingredientes". Nada além disso.

E aí meu mundo virou de cabeça pra baixo quando naquela noite eu caí sem querer na página que falava sobre os testes em animais feitos pela indústria tabagista, um dos primeiros posts deste blog sem leitores. Desde esse dia, minha vida virou do avesso, eu virei do avesso e o mundo todo virou do avesso.

No mesmo período, recebi a revista em casa. Matéria de capa: ESPECIAL CARNE - O beabá do churrasco perfeito e os preparos corretos para cada corte

Com aquele frisson de todo iniciante (no meu caso iniciante no veganismo), fui ler a revista e na página 26, o artigo "Orgulho Carnívoro", de Josimar Melo, me chamou atenção. Reproduzo aqui alguns trechos:

"Não foi por acaso que o homem se firmou como onívoro, por mais que os vegetarianos se coloquem no direito de determinar que a natureza está errada"

"...criaram até teorias que acusam os carnívoros de uma arrogância atroz por se julgarem uma espécie acima das outras. De minha parte, acho que o radicalismo vegetariano, sim, é "especista" (um termo deles), por se colocar no lugar de Deus e querer mudar a organização da natureza que, do ponto de vista alimentar, inclui a existência de espécies que se alimentam de outras."

"Livros como o de Richard Wrangham, Pegando Fogo, demonstram como o ser humano não se teria desenvolvido sem o consumo de proteínas animais cozidas (sim, não basta carne, tem que ser cozida...: a raw food também nos teria impedido de ter a capacidade de raciocínio que hoje temos...)"

"...não deixo de observar...a pobreza gastronômica do vegetarianismo...restaurantes vegetarianos costumam ser tediosos e repetitivos: está na hora de fazer deles também templos gourmets..."

"...a opção carnívora não deveria implicar, necessariamente, impor sofrimento aos animais...Muitos países já têm exigências legais para que o abate dos animais siga métodos que impeçam seu sofrimento...O mais incrível é que porcos, bois e peixes abatidos sem sofrimento produzem carnes melhores para o consumo..."


Eu morro de medo de virar ecochata (tenho tendências ao exagero, então tudo indica que serei), mas eu não podia, como leitora, ler tanto clichê na maior revista de gastronomia brasileira, incluindo o famigerado "se colocar no lugar de Deus". Que canseira! Na hora escrevi um e-mail para a revista. E hoje, acabo de receber meu exemplar com a minha carta publicada na página 16, sob o título "Vegetarianismo e suas discussões":

No texto "Orgulho Carnívoro", da coluna Bom de Mesa (edição 108, agosto de 2012), Josimar Melo acusa os vegetarianos de se colocarem no lugar de Deus, mas age com a mesma arrogância ao falar em nome da natureza. Ele poderia aproveitar o espaço de uma revista do porte da Prazeres da Mesa para iniciar um importante e corajoso debate sobre as práticas da indústria animal. Não precisa ser vegetariano para gostar de animais, certo? Fora isso, vegetarianos e onívoros não entrarão em acordo no que diz respeito ao consumo de produtos de origem animal, e cada grupo tem o direito de decidir o que consumir. Mas ambos poderiam somar forças para cobrar desta indústria bilionária o bem-estar do animal em vida, e não somente "garantir um abate sem sofrimento", como cita Josimar. Chefs, professores de gastronomia, alunos e entusiastas deveriam fazer questão de conhecer, do início ao fim do processo, as práticas da maioria das granjas, fazendas e matadouros que abastecem suas geladeiras, não só para saber o que servem aos seus clientes, mas para entender o que apoiam financeiramente. Vegetariano ou não, ninguém ficaria indiferente. O gosto e o cheiro dos produtos de origem animal são maravilhosos, disso ninguém - nem o mais radical dos veganos - discorda. Mas, já que somos tão cultos, sofisticados e apreciadores das boas coisas da vida, não seria razoável consumir exclusivamente produtos éticos? Ou a cegueira voluntária nos cai bem? No mais, concordo com Josimar em um único quesito: restaurantes vegetarianos são, em sua maioria, entediantes e repetitivos. Atenção cozinheiros de mente aberta: existe um grande nicho de mercado que quer gastar dinheiro e não tem onde!"

Eu não tenho autoridade nenhuma, nem entendo nada ainda do veganismo, mas peraí, ficar nessa apontação de dedo, na minha opinião, é exatamente o que faz com que ninguém tenha saco pra 5 minutos de conversa sobre esse assunto. E o assunto em questão são as barbáries cometidas dentro de granjas, abatedouros, fazendas, etc. Não interessa o que eu acho, não interessa o que o Sr. Josimar acha. O que interessa é que não existe lei nem fiscalização que garanta minimamente o bem-estar do animal. O que interessa é que o consumidor não sabe como o bife vai parar no prato dele. O que interessa é o abuso ao animal, que é tratado como lixo e depois vendido caro para os consumidores por uma indústria bilionária, que entope o bicho de hormônios, que poderia explorar o animal de maneira menos nazista, já que esta exploração não tem data para acabar. Continuaria sendo uma injustiça, mas como não acredito num mundo 100% vegano, que os campos de concentração animal tenham espaço, luz e vento. Que os impostos sejam altos pra essa indústria podre de rica e que desmata sem dó, consome água sem piedade, aprisiona, escraviza, tortura, mata e vende caro. Acho que a galera da gastronomia poderia influenciar as pessoas e cobrar mais da indústria. Eles têm visibilidade, influenciam e inspiram muita gente. Eu sinto falta deste debate nas revistas de gastronomia, e nunca vi nenhum (imagino que a pauta afastaria 99% dos anunciantes e patrocinadores). 

Já que o homem nunca vai parar de explorar animais, que tenha a decência de permitir que estes vivam com um mínimo de dignidade a vida miserável que lhes é imposta. Que a debicagem seja proibida. Que as granjas se virem para manter as galinhas fora de gaiolas, em espaço decente, que tenha ventilação, luz solar e que elas cisquem. Que o leite seja produzido de maneira que as vacas não caiam duras de exaustão. Que a indústria faça testes in vitro. E que a turma da cozinha, que anda por demais glamourizada, entre na roda e fale mais sobre isso.


==============


24/05/2013

Hoje, 8 meses depois de escrever o texto acima, concluo: veganizei de vez.
Impossível defender uma exploração mais "confortável".
Luz, espaço e vento? Tava esperando muito pouco da indústria. Eu acho que uma hora há de haver uma lei que simplesmente proíba criar para matar.
Mas eu estava no começo. Como o veganismo muda a gente!


21 de set. de 2012

Pausa refrescante para o muso do dia

Anthony Kiedis

Sobre comer salmão

Fiquei boquiaberta com o que eu li hoje:

Salmão brasileiro, desses que vendem no mercado, não tem ômega 3!

Segundo a nutricionista Flávia Cyfer (que não é vegetariana nem vegana), o motivo é muito simples: pra produzir ômega 3 o salmão precisa se alimentar de plânctons que só existem nas profundezas de águas geladas. Como nos cativeiros não existe alga, não existe ômega 3.

Então é o seguinte: quem compra salmão nos supermercados está pagando caro por um peixe que foi alimentado com hormônios, rações com glúten e antibióticos. É muita cretinice dessa indústria!

Cada dia que passa, conforme eu vou fuçando e aprendendo mais sobre a indústria alimentar tradicional, eu vou ficando mais chocada.


Quer ômega 3 garantido? Linhaça, nozes, óleo de canola, chia (minha nova descoberta, depois vou escrever sobre a Chia), soja, vegetais de folhas escuras!


E chega de caô pra cima de mim.

20 de set. de 2012

Pulando etapas

Hoje eu li um médico respeitado falando que o ideal é não radicalizar, começar cortando carne vermelha, depois branca, depois tomar leite só de manhã, e depois isso, depois aquilo, e ir, step by step.

Hoje eu completo 48 dias que pulei do junkie-food total para a dieta vegana, da noite pro dia.

Aí eu me lembrei que quando eu tinha 23 anos eu trabalhava num banco. Trabalhava o dia todo. Usava terninho de executiva, cabelo chanel. Aí numa quinta-feira qualquer eu acordei muito gripada, com febre, e passei o dia de cama, pensando na vida. Me deu um estalo de que eu tava deixando de ver e experimentar um monte de coisa na vida porque tava virando profissional cedo demais.

Passei a mão no telefone, liguei pra uma agência de cursos no exterior, perguntei se tinha algum curso em NY começando em breve. A moça que me atendeu falou que tinha um de inglês, que começava em 15 dias (eu já era fluente em inglês). Eu nunca tinha ido a NY, mas sempre achei que tinha a ver comigo.

Ardendo em febre, peguei um taxi, fui na agência, paguei o curso de 1 mês.
No dia seguinte pedi demissão do banco.
Quinze dias depois estava em NY, com minha conta no banco negativa. Duas semanas depois arrumei um emprego.  Fiquei lá 1 ano e volto sempre que posso.

Eu sou uma boa puladora de etapas. Quando eu tento andar certinho e fazer tudo direitinho, podes crer que o negócio desanda.



E conforme os dias passam...

...mais tranquila eu fico com minha alimentação.
Carne, ovo, leite, queijo, mel e manteiga foram para as cucuias!
Fui até num churrasco e vida normal pra mim (claro que rolaram uns pensamentos inevitáveis).
Tem muito vegano que diz que depois de um certo tempo não consegue frequentar churrasco. Verei adiante.
Eu sei que meu envelope de batatas com alecrim, azeite, alho, sal e pimenta fizeram um certo sucesso.


Pausa refrescante para o muso do dia!



Mac Danzig, lutador de MMA

Só pra reforçar

A Associação Dietética Americana (que não é um órgão vegetariano ou vegano, mas sim de medicina), publicou um artigo intitulado "A abordagem vegetariana". Nele, afirma que a dieta vegetariana previne doenças que estão diretamente ligadas à ingestão de proteína e gordura animal.


- Doenças coronarianas - Gorduras saturadas e alimentos ricos em colesterol (carne, queijo, ovo e manteiga) contribuem para o enrijecimento das artérias (arterioesclerose), que leva às doenças do coração.

- Câncer de cólon e de mama são diretamente associados à alta ingestão de gorduras e colesterol, e uma dieta pobre em fibras aumenta o risco de tumores no aparelho digestivo. Todas as instituições competentes, inclusive a Sociedade Americana do Câncer, recomendam consumo de carne baixo ou nulo.

- Obesidade: Segundo a Associação Dietética Americana, a crença de que batata, pão, arroz, feijão, massas e outros alimentos vegetarianos engordam não têm base científica. Tudo depende da combinação. E segundo a mesma associação, pesquisas comprovam que consumidores de carne apresentam mais sobrepeso do que os vegetarianos (que comem todo este festival de carboidratos considerados engordativos).

- Cáries: são menos frequentes em vegetarianos. Sorria, meu bem!

- Osteosporose: Embora carne e laticínios sejam considerados uma boa fonte de cálcio, vários estudos indicam que o consumo exagerado de proteína durante um longo período provoca a deficiência de cálcio.

E uma curiosidade: estudo realizado na Universidade de Yale mostrou que atletas vegetarianos têm mais resistência física do que os onívoros.

Fonte: Revista Time


18 de set. de 2012

YO YO YO, MAN! GO VEGAN, MAN!

Eu adoro os mano.
Esses dois de Brasília, Manoel Neto e Leonardo Ortegal, formam a Menção Honrosa, dupla de hip hop que prega a alimentação e a saúde como forma de protesto. Saúde revolucionária! Amei!




Em Deus eu não acredito, infelizmente (adoraria), mas no poder de alcance da música, oh yes!
Entonces, quero mais é que católicos, protestantes, judeus, evangélicos, budistas, adventistas, mórmons, testemunhas de Jeová, muçulmanos, espíritas e pagãos espalhem por aí a idéia do veganismo.







Bonjour, Professor Juju!

Acordei hoje e, em vez de correr pra pegar o jornal, corri pra terminar essa belezura aqui:


Livro ótimo! Leve, divertido, verdadeiro.
Comprei pra dar de presente pra uma amiga, mas confesso: furtei o presente!
É meu! Ninguém tasca!
Tô adorando esse livro. O autor é um professor de literatura, Roberto Juliano (ou Professor Juju), idolatrado por seus alunos, como pude constatar depois de um breve momentinho stalker. Aliás, foram seus alunos que inundaram a caixa-postal da TV Cultura para que ele fosse entrevistado no programa Provocações, do Antônio Abujamra, outro que adoro. Conseguiram!
Olha ele aqui (aqui está o bloco 1, de 3):



12 de set. de 2012

Me bateu uma esperança...


Depois que parei de consumir produtos de origem animal, tenho um pensamento fixo na cabeça que é: como conversar sobre este assunto sem ser chata? Como tratar do assunto sem troca de acusações, sem dedos apontados, sem defesas e ataques?

Eu desconfio de várias coisas...uma delas é que a maioria das pessoas não associa "bife" a um animal que sofreu maus tratos, e sim simplesmente à "comida". Eu mesma a vida toda olhei pra um filé de frango, um pedaço de queijo ou para um copo de leite, por exemplo, associando à "comida", a "ingrediente", nunca à indústria.

As imagens que vemos dos matadouros mundo afora são na maioria das vezes feitas por alguém com câmera escondida. Por que será? As empresas dizem que trabalham de forma ética. Então por que não nos deixam ver o que acontece lá dentro? Hein, Sadia? Hein, Perdigão? Hein, Nestlé?

As minhas estratégias para defender os animais são sempre meio delirantes, tenho uma amiga com quem compartilho minhas loucuras e rimos bastande delas. É porque tenho muita vontade de mergulhar de cabeça nesta causa, na defesa animal, mas acho que a pior estratégia é o conflito - com exceção dos atos eco-terroristas, estes eu apóio - a disputa de quem está """certo""", as comparações de estatísticas. Eu acho que a pegada é outra. As pessoas quando discutem sob pontos de vista opostos empobrecem muito o debate porque ficam tomadas pela raiva, pelo deboche. É só entrar em qualquer fórum de discussão pra ver o lodaçal intelectual.

Pois bem, para meu alívio existem esses dois senhores distintíssimos, o publicitário David Coles e o ex-vice presidente do Citibank Philip Wollen (que atualmente é diretor de uma ONG), ambos homens cultos, com visão crítica do mundo e dispostos a conversar civilizadamente - olha que raridade!

Eles estão no documentário australiano Compaixão, dirigido por Aaron J. March. Segue um aperitivo do que vem por aí.




Sem cenas fortes, sem brigas, sem gritarias (eu sei que às vezes elas são necessárias e até fundamentais, mas é bom poder raciocinar amplamente, sem disputar nada com ninguém).
 
Tô achando que este documentário vai fazer muita gente, independentemente da dieta, pensar no assunto de maneira mais aberta, menos repetitiva e menos clichê.

Desta maneira, acho que muita gente vai naturalmente se recusar a patrocinar esta atrocidade generalizada que cometemos diariamente com os animais, sem data para acabar, desde que o mundo é mundo, e talvez passemos a associar "bife" a um ser que era vivo, foi criado nas piores condições e morto brutalmente.

Tomara.

9 de set. de 2012

Fetiche vegan é ir à feira!

"Há pessoas que, para terem experiências místicas, fazem longas peregrinações a lugares onde anjos e seres do outro mundo aparecem. Eu, ao contrário, quando quero ter experiências místicas, vou à feira. 
Cebolas, tomates, pimentões, uvas, caquís e bananas me assombram mais que anjos azuis e espíritos luminosos. São entidades assombrosas. Você já olhou para elas com atenção?"
Rubem Alves


Atemóia submarina - não ficou parecida com um peixe-lua??





  Peach kiss





  Quiabo by night - vai saber porque, mas eu olho pra essa foto e lembro de Barcelona (???)

 



 Just singing - and dancing - in the rain






Monster!

6 de set. de 2012

Gracias, muchacho!

Bons momentos contigo no Two And a Half Men!

Mimimi Onívoro X Mimimi Vegano - II

Entrei numa página de discussão sobre veganismo...gente...que tristeza!
Um show de grosserias, ataques pessoais, acusações, sangue quente, argumentos pobres!
Saí num piscar de olhos.
E aí achei o Guia das Falácias, com todos os argumentos possíveis contra o veganismo e suas respectivas respostas.



Pra quem quer pensar no assunto, e não ficar como idiotas bradando argumentos pra lá de batidos.

Viremos o disco, cambada!


O pequeno mestre

Ou como derrubar em menos de 15 segundos a teoria de que nascemos carnívoros.








Gary Yourofsky está certo.
Nascemos defensores dos animais, e em algum momento nos ensinam que 'tudo bem matar".


Conflitos, conflitos...

Faz pouco tempo essa minha adesão à alimentação vegana.

O curioso pra mim é que, no instante em que tomei a decisão (que foi quando realmente parei pra me informar assistindo filmes, documentários, lendo revistas, livros e sites) veio uma sensação de alívio.

Eu achei que seria difícil, porque é uma mudança profunda na forma de se alimentar. Dá trabalho no início, tem que ler os rótulos de tudo, a composição dos produtos, fora os desejos...
Mas como tudo, depois que a gente se familiariza, fica automático. 
Tá meio cedo pra cantar vitória, mas desde o dia da minha decisão, tive zero dúvida, zero tentação.
O que não quer dizer zero conflito.

Meu conflito atual é que o meu trabalho é fotografar gastronomia.
Eu amo fotografia, eu amo gastronomia, eu amo cozinha, eu amo a galera da cozinha.
Quando eu entrei pra este segmento, fiquei muito, mas muito feliz. Eu ainda comia de tudo, nem pensava e muito menos conhecia a indústria animal.

Agora me vejo na seguinte situação: consegui trabalhar naquilo que gosto, gosto das pessoas, gosto da gastronomia, adoro a galera da cozinha, mas depois que parei pra conhecer as práticas da indústria, não me sinto mais confortável fotografando comida. Muita carne, muito leite, muita manteiga, muitas delícias e muito bicho sendo confinado, torturado e morto non stop, para todo o sempre.
Não posso mais.

Então, estou tendo que ter sangue frio pra fazer uma transição para outro segmento e quase toda transição é lenta.
Lenta demais.
Tomara que eu consiga logo.

Estou me oferecendo para ONGs e marcas veganas para fotografar de graça, pra tentar contrabalançar a culpa, mas ou elas ficam longe demais ou já têm fotógrafo.

Tô me sentindo Israel e Palestina unidos numa pessoa só.
Mas eu dou um jeito. Sempre dou um jeito. Quando essa novela acabar, sentirei novo alívio.

Que venha.


Mercado Vegano

Conheci no site do Move a empresa Canna, que fabrica bolsas, carteiras, pastas e chaveiros com materiais de origem vegetal e design moderno e minimalista.

É maravilhoso ver que existe um mercado e que as pessoas estão perdendo o medo de investir nele. Eu fico com a impressão de que está no inconsciente coletivo das pessoas que vegetariano ou vegano necessariamente faz yoga, é zen, ouve Enya e só come broto de alfafa. Por isso, adorei quando vi o site da Canna, e fiquei mais fã ainda porque tanto a matéria-prima quando a fabricação são brasileiros. Arrasou, Fernanda Cannalonga, dona da marca.

Vida longa à Canna! Vou encomendar a minha.