30 de ago. de 2012

Respect tietagem!

Meu ídolo na adolescência foi o Morrissey.
Eu tinha 16 anos e musicalmente meu gosto se formou nesta época. Desde 86 escuto Morrissey. Tenho todos os álbuns, já fui a dois shows, tenho DVDs. Sou tiete ainda.

Hoje, aos 40 anos, é maravilhoso ainda se sentir conectada com toda a força do mundo com o ídolo da adolescência. Quantas pessoas têm este privilégio? Não parece que a tendência do adulto é se distanciar de quase tudo o que lhe era importante na infância e adolescência?

Ele sempre falou sobre vegetarianismo. Mais um ensinamento do meu querido Steven Patrick (tô falando que eu sou tiete!).

Thanks, Moz! I really, really love you.

:-)





Heifer whines could be human cries
Closer comes the screaming knife
This beautiful creature must die
This beautiful creature must die
A death for no reason
And death for no reason is MURDER

And the flesh you so fancifully fry
Is not succulent, tasty or kind
It's death for no reason
And death for no reason is MURDER

And the calf that you carve with a smile
Is MURDER
And the turkey you festively slice
Is MURDER
Do you know how animals die?

Kitchen aromas aren't very homely
It's not "comforting", cheery or kind
It's sizzling blood and the unholy stench
Of MURDER

It's not "natural", "normal" or kind
The flesh you so fancifully fry
The meat in your mouth
As you savour the flavour
Of MURDER


NO, NO, NO, IT'S MURDER
NO, NO, NO, IT'S MURDER
Oh ... and who hears when animals cry ?

"Ai, porque vegano é radical..."


Muito chato esse pessoal vegano!
Comer animais é normal, comemos desde que o mundo é mundo. É natural do ser humano comer animal. Proteína animal faz falta pro organismo. Vai parar de beber leite? E o cálcio? Cuidado, hein, vai ficar com osteosporose. Que horror criança vegetariana! Criança precisa de leite! Ih, hoje tem Mc dia Feliz, vamos lá comer um hamburguinho e ajudar as crianças com câncer, olha que boa ação. Opa, fim de semana chegando, vamos fazer um churrasco? Gente, Semana Santa, hein! Não pode comer carne, já comprou o peixe? Jingle Bell, é Natal, compra aquele peru que já vem temperado...


Olha como somos todos produtos da cultura.
Eu repeti a vida inteira essas frases aí de cima.

Hoje eu acho que radical é matar cerca de 60 bilhões de animais todo ano para encher a pança.

Se a gente pensar "60 bilhões de animais", não diz muita coisa. Mas se a gente pensar em 60 bilhões desse aqui, a coisa muda de figura (não precisa ter medo, esse vídeo é muito fofo):



 

Cada um dos 60 bilhões é dessa família aí de cima. Sente dor, quer brincar, procura abrigo pra dormir, precisa de sol, tem medo, quer carinho, grita quando sequestram seu filhote. Qualquer semelhança comigo e com você não é mera coincidência.
A diferença do porquinho fofo de cima para os debaixo são: nenhuma.
Documentário From Farm to Fridge:


Muita gente é "contra" esses vídeos com cenas fortes. Eu acho engraçado isso. Chamam de masoquismo, de sadismo. Ficam contra "o vídeo". É como se alguém ficasse com raiva do cinegrafista que filmou Auschwitz, e não do que acontecia lá dentro.

Nada disso foi encenado ou inventado.
É pra lá que ia o meu dinheiro.
Nada grave acontece a quem assiste, fora um desconforto passageiro, talvez algumas lágrimas. Os animais são submetidos a uma vida inteira de sofrimento, o que é um rápido desconforto perto disso, né?

Não fique com medo, assista. É bom saber a verdade.






29 de ago. de 2012

Primeiro teste!

Até agora minha vida vegana tem sido tranquila. É questão de jogo de cintura.
Meu maior medo era quando eu estivesse num meio totalmente carnívoro, numa viagem à trabalho, por exemplo.
Eis que tive meu primeiro teste: viajei à trabalho, para um evento de....tchanan!....gastronomia. Jornalistas, chefs, público...todos unidos por um único motivo: comida! De todos os tipos, lindas, sofisticadas, caras, mas a maioria de origem animal.
Achei que fosse ser difícil escapar dos convites, das perguntas, da falta de opção na estrada, do mega café-da-manhã do hotel com milhões de pães, bolos, ovinhos mexidos...
Nada disso.
Deu tudo certo, sempre tem opção.
E quando perguntaram porque eu não comia quase nada que todo mundo comia, eu simplesmente respondi na maior naturalidade que eu não como nada de origem animal. Ninguém implicou, não ouvi piadinhas, até encontrei um simpatizante, jornalista, que depois me confessou pensar no assunto toda hora, mas nunca se aprofundou por implicância com os radicais.
Acho que consegui conquistar o coração dele. Ficamos amigos. Acho que é só uma questão de tempo pra ele, porque ele é muito questionador e tem mente aberta, não é cheio de certezas. Todo bom jornalista desconfia de tudo, até do que é tido como verdade. Todo bom jornalista acha que "tem alguma coisa estranha aí", mesmo na mais banal das situações. Quando ele descobrir "o que tem de estranho aí" na indústria animal, vai virar vegano. E dos chatos. Adorei você, Rafael!

Vou convidá-lo assim que ele estiver no Rio pra jantar comigo.


28 de ago. de 2012

Mimimi vegan X Mimimi onívoro

Eu não acho que vegetarianos e onívoros sejam inimigos.
Acho um porre os argumentos dos dois grupos quando o discurso descamba pra uma hipotética superioridade existencial pelo fato de consumir ou não produtos de origem animal. Outro dia li o artigo de um onívoro que criticava a arrogância vegetariana porque "eles se colocam no direito de determinar que a natureza está errada".
Ué, tanto o que fala que a natureza está errada, quanto o que fala que a natureza está certa, sofrem do mesmo mal. Acham que detêm o saber da natureza e, pior, acham que podem falar em nome dela, como um porta-voz oficial.  
Eu acho que podemos falar por nós, pelas nossas escolhas pessoais ou de um grupo. Jamais posso falar em nome da natureza, ou de Deus (hein?).
Inclusive eu acho que os únicos que podem diminuir o sofrimento dos animais na indústria são......os onívoros!
Explico: os veganos e vegetarianos são minoria. A indústria de produtos de origem animal é gigantesca, rica e poderosa. Os onívoros são maioria absoluta. São eles que consomem os produtos, eles são os donos da grana.
A gente sabe que a indústria só muda quando o lucro é afetado.
Agora imagina se, de repente, os onívoros passassem a exigir, por exemplo, que as galinhas fossem criadas soltas, sem aquelas gaiolas minúsculas. Imagine se esta exigência não fosse um delírio da minha cabeça, mas se ela acontecesse na prática. Ou que a debicagem fosse proibida.

Imaginar isso é possível. O que, infelizmente, acho impossível é imaginar que todas as pessoas do universo vão parar de comer frango e ovo e a indústria granjeira vai acabar. 


Por isso eu, iniciante na minha formação vegana, quero desde o início não debandar pro radicalismo. Vai que eu consigo?
No dia dos pais, minha família inteira se reuniu pra almoçar. Caipirinhas pra lá, cervejinhas pra cá...me ofereci pra fazer o almoço. Todos comeram uma refeição 100% vegana sem eu tocar no assunto, e adoraram.

A melhor estratégia, pra mim, é convidar vários amigos para um almoço ou jantar delicioso, feito por mim, vê-los lamber os beiços, repetir, pedir receita e, depois que está todo mundo feliz e satisfeito, eu comunico rapidamente: "só pra vocês saberem, a comida é 100% de origem vegetal".

Aí é maravilhoso ver a reação! Eu queria criar fissura de comiga vegana nas pessoas. Acho que é a única saída pra diminuir o consumo animal. Porque a comida vegana segue a regra de qualquer outra comida: se o ingrediente for de qualidade e for bem preparada, é maravilhosa.




18 de ago. de 2012

Pintinhos enterrados vivos

Estou lendo aqui a notícia no Portal G1 de que mais de 100 mil pintinhos foram enterrados vivos por produtores no Rio Grande do Sul. Segundo os produtores, o motivo é que falta ração para os animais, devido ao aumento da exportação do milho e ao excesso de chuvas.

Ao ler os comentários dos leitores, vejo que a grande maioria se revolta com o ato dos produtores.
Se analisarmos este fato isolado, vemos que a maioria se coloca no lugar do animal, o que mostra empatia.
Mas...digamos que a exportação do milho estivesse normalizada, assim como as chuvas. O abastecimento de ração estaria normal e os pintinhos seriam alimentados, certo? Errado.

Na indústria de ovos, os pintinhos machos são sempre mortos, geralmente moídos ainda vivos, para virarem ração para outros bichos. As fêmeas são alimentadas e mantidas em gaiolas minúsculas, que ficam empilhadas, superlotadas. Como não há espaço nem para abrirem as asas e elas ficam uma em cima da outra, elas começam a se bicar. Para que não se machuquem devido à superlotação, seus bicos são cortados - sem anestesia, lógico. O nome desse procedimento é debicagem. Elas nunca saem destas gaiolas, não ciscam, não vêem a luz do dia, vivem doentes, aprisionadas e neuróticas. E os ovos destas galinhas são esses aí que estão na sua geladeira e que estavam na minha até outro dia.

Se estas galinhas pudessem escolher entre morrer na infância ou viver esta vida de terror, aposto que prefeririam o fim dos pintinhos.



Aqui está o vídeo:




Ficou com pena dos pintinhos?

Assista ao vídeo e veja o tipo de gente que você confia para cuidar da sua comida.

17 de ago. de 2012

A burrice alimentar

É curioso como nos adaptamos a quase tudo na vida. Por exemplo, antes de eu aderir à alimentação vegana, eu tinha a impressão que vegetariano só comia alface. Vegano então...devia se alimentar de luz.
Aí hoje eu comparo como tudo se inverte. Por exemplo, pensando bem, quando eu era onívora era quando eu comia as mesmas repetições. Eu vivia numa espécie de curral alimentar onde me entupia de leite, carne, ovo, queijo e açúcar. Comparemos as refeições de um dia normal:


Café-da-manhã:

ANTES (Dieta onívora, praticamente meu café-da-manhã era isso todo dia)

- leite com Nescau ou iogurte ou café
- pão, manteiga, queijo e/ou peito de peru, ou queijo cottage
- 1 fatia de fruta
- talvez um ovinho


HOJE (Dieta vegana - botei aqui meu café-da-manhã de hoje, o de amanhã será totalmente diferente)

- 1 copo de suco de maracujá com laranja e hortelã
- 2 fatias de pão de linhaça de uma marca maravilhosa chamada Pão do Bento (I love you, Bento!)
- guacamole (pois é)
- pastinhas da marca Puro Sabor (ervas finas, azeitona preta ou verde e alho-poró, são minhas preferidas)




Almoço (num restaurante à quilo, por exemplo):

ANTES (Dieta carnívora)

- Arroz
- Feijão
- Salada verde
- um leguminho
- Geralmente frango grelhado ou peixe
- Sobremesa: geralmente fruta ou um chocolate diet Nestlé


HOJE (Dieta vegana, almocei hoje no Referitório Orgânico, em Botafogo, por R$28,00)

- Arroz com açafrão
- Feijão manteiga
- 1 minihamburger de tofu acebolado, saído estalando da chapa
- Couve refogada no alho
- Folhas (todas imagináveis) com pesto de manjericão e muito tomate-cereja
- Torta de milho
- Purê de abóbora com amêndoa torrada em cima
- 2 minipasteizinhos de palmito (não resisti)
- Salada de grão-de-bico (só um tico, pra provar)
- Berinjela e abobrinha grelhadas com alho e azeite
- Quiabo ensopado com tofu e curry
- Sobremesa: strudel de damasco




E aí?

Vegano come mal, né?
Ô comida entediante!

:)





15 de ago. de 2012

No excuses

Se eu tivesse um superpoder, que nem o dos super-heróis, eu ia fazer com que os animais falassem.

Diariamente, desde que o mundo é mundo, o homem explora, escraviza e mata os animais para todo tipo de uso (comida, roupa, jóias, sapatos, travesseiros, móveis, transporte, circo, charrete, trabalho escravo e toda sorte de futilidade que se possa imaginar). E a gente só faz isso porque os bichos não falam. Se eles falassem, duvido. Se organizariam e metiam um processo em todos nós. Provavelmente a maioria de nós seria condenada a prisão-perpétua, dado o massacre.

Se você ama os animais, e acho que a grande maioria ama mesmo, repare no poder da indústria, nos produtos que ela vende e em como a propaganda confunde. Veja os comerciais, as barganhas dos supermercados, as vitrines das lojas: só dá produto animal! Leites, queijos, iogurtes, massas, ovos, patês (gosta de foie-gras? já viu como é feito?), quase todos os congelados, biscoitos, frios, redes de fast-food, restaurantes caros, baratos e caríssimos, bancos de carros de luxo, bolsas caras, as maquiagens que amamos, os cosméticos milagrosos...tudo isso existe porque os animais são escravizados, explorados e mortos num ciclo que parece não ter fim. E eles nunca, nunquinha, vão poder reagir, porque eles não têm voz.


Na minha opinião, não se trata de um esnobismo, de uma superioridade intelectual, não se trata de ter força de vontade ou autocontrole, de ter prazer em contestar, ou de ser saudável. Trata-se de ética.

Um cara que me inspirou muito e facilitou minha adesão ao veganismo foi o Gary Yourofsky.

Olha ele aí:



A boa notícia é: existe tecnologia suficiente para essa barbárie acabar. E existem várias empresas que se posicionam contra a exploração animal. Várias! E ótimas! Precisamos apoiá-las, porque, ao contrário da Nestlé e do Mc Donald's, elas não têm verbas estratosféricas para investir em publicidade porque investem seu orçamento em outras coisas, como, por exemplo, testes in vitro, fornecedores éticos, melhor matéria-prima, etc.

Não tem mais desculpa.







Frugal, eu? Deus me livre!


Acho linda aquela pessoa que come uma frutinha de manhã, uma saladinha no almoço e uma sopinha no jantar.
Eu tô fora.
Já foi minha ambição por muito tempo, hoje em dia eu já entendi que esse ser superior não sou eu. Eu gosto é de fartura!

Por exemplo ontem, eu almocei (imaginem um prato de peão):

- bobó de shitake
- arroz integral
- verdurinha refogada no alho e azeite
- um pote (!!!) de mix de feijões (sem caldo, só o grão cozido) e temperado com mutcho azeite, pimenta do reino, sal, tomate, cebola, salsa e cebolinha
- outro pote de salada verde temperada com limão, azeite, sal e pimenta


Pois é.

Eu achava que a dieta vegana me transformaria numa pessoa frugal.....hahahaha....doce ilusão!



Isso porque eu não mencionei a sobremesa...melhor não...vamos manter o mínimo de compostura!





14 de ago. de 2012

Ué...mas pode ser fácil?

Depois do choque e de passar a noite pesquisando as empresas das quais me tornaria cliente, depois de ler tudo o que havia pela frente sobre os testes da indústria tagabista em animais, finalmente eu tinha uma boa constatação (vê se você concorda): quando algo vai totalmente contra o que a gente acha certo, a ponto de nos agredir, de nos afetar verdadeiramente o coração, a coisa mais fácil que tem é abandoná-la sem hesitação.


Eu já tinha ensaiado parar de fumar algumas vezes e sempre fracassei, porque eu sempre "soube" que parar de fumar era das coisas mais difíceis do mundo, e porque é fácil fumar, vai, tem sempre um cigarrinho por perto. Não é isso o que todo mundo fala? Já ouvi até médico dizendo que é mais fácil abandonar a cocaína do que o cigarro. Existem vários remédios, adesivos, etc e tal, e as pessoas ainda assim muitas vezes têm recaída. Além disso, eu tinha que resistir ao hábito, ao meu ritual, à minha falta de controle, ao meu vício, ao fato de toda hora ter alguém fumando do meu lado e eu poder "filar".

Só que foi fácil, porque tocou na minha ética, e não sou das mais flexíveis quando isso acontece.


Se você já tentou parar de fumar, ou de comer carne, ovo, queijo, leite, manteiga, etc, a boa notícia é: Pode ser fácil!


Eu fico pensando no prejuízo que as indústrias tabagista, farmacêutica, de carnes e laticínios teriam se de repente um monte de gente passasse a pensar assim.

Quando o foco se deslocou para uma coisa não-negociável, como a minha ética pessoal, por exemplo, ficou fácil decidir. Eu não sou do tipo que patrocina massacre. 











O choque

Eu não sabia, eu nunca soube, que esses testes aconteciam na indústria tabagista.

Pra mim já estava mais do que provado que cigarro faz mal, que dá câncer no pulmão, enfizema, dente amarelo, problemas cardíacos, bafo, asma, cabelo fedido, voz rouca e perda parcial do paladar e do olfato. O que mais precisam constatar?

Fumar mata, e pelo visto mata muito mais animais do que gente. Sendo que pra chegar a me matar eu teria que, voluntariamente, desembolsar cerca de R$1.600,00 por ano e fumar como se não houvesse amanhã, durante anos.

Estamos no século XXI, não somos mais homens e mulheres das cavernas. Existe tecnologia, o homem vai até marte, a indústria tabagista é endinheirada. Não existe mais desculpa para as empresas fazerem testes em animais. Não existe a mais remota possibilidade de eu patrocinar essa indústria.

Neste dia, parei de fumar. Do meu bolso não verão nunca mais 1 centavo.

Neste dia pesquisei quais empresas não testam em animais, por princípios.














O dia em que a Terra parou

Não pretendo aqui ficar contando o detalhe do detalhe do detalhe da minha jornada até chegar na comida vegan. Até porque todos os detalhes não deram em boa coisa. Resumindo a ópera, foi uma vida baseada em descobrir o porque do meu não-ajustamento alimentar e remendar os respectivos estragos colecionados ao longo de 40 anos.

Eu devo ter estômago de avestruz, porque eu sempre comi de tudo do mais trash e nunca na vida tinha tido azia ou qualquer problema digestivo. Até que numa noite comecei a sentir uma queimação estranhíssima, que durou uns 2 dias inteiros, e resolvi procurar na internet alimentos que poderiam "acalmar" aquela sensação horrível de estar com um pedaço de brasa preso na goela.

Fui parar num site que mostrava os malefícios do cigarro (eu estava fumando horrores) e, ao clicar, vi que era um site sobre direito dos animais, onde tinha um link para um artigo sobre os testes que a indústria tabagista faz nos bichos. Nas fotos, beagles e macacos imobilizados, com máscaras e tubos enfiados na goela, aspirando sem parar a fumaça de cigarro e suas 5000 substâncias tóxicas.

E um apelo - este que mudou tudo - para não patrocinarmos essa barbárie, para que parássemos de fumar - o pior dos vícios, o mais difícil, segundo não-sei-quem.


O título do artigo:


"Se não por você, por eles"


Sabe quando parece que o mundo não existe mais? Que tudo congela? Fiquei assim.

Leia aqui:

http://vista-se.com.br/redesocial/cigarros-se-nao-por-voce-por-eles/









Só pra constar:

Todas as palavras que eu colocar aqui a partir de agora, são dedicadas aos meus professores e mentores:   

Dr. Chow-Mei da Silva e Dra. Frangipani Beluguinha.



A desconfiança


Sabe quando você desconfia que tem alguma coisa errada mas não sabe o que é?
Eu sempre tive uma ligação muito forte com os alimentos. E por forte, não quero dizer exatamente boa. Quando eu estava bem, com uma intenção positiva, a ligação era ótima. Já quando o estado de espírito estava ruim...
Eu sempre vivi numa espécie de guerra constante com a comida, com o peso, e sempre achei isso muito estranho.

Não é estranho?

O natural não é cada um acordar, tomar o café-da-manhã e seguir a vida? Almoçar e seguir a vida? Eu nunca fui assim, era uma conexão exagerada com a comida, fissuras incontroláveis...

Procurei resposta em tudo quanto era lugar.
Ou eu devia ser a pessoa mais ansiosa do planeta, ou então eu tinha que passar por uma educação alimentar severa, ou talvez eu era mesmo descontrolada física e psicologicamente, condenada ao sobe e desce emocional infinito, uma hora eufórica, outra deprimida...talvez eu fosse imatura, talvez eu estivesse me recusando a crescer, a encarar meus problemas, ou seriam maus hábitos, pura e simplesmente, ou pior, falta de educação mesmo. E isso, e aquilo, e aquilo outro...e dá-lhe psicanalista, nutricionista, terapeuta, nutrólogo, endocrinologista, homeopatia, alopatia, simpatia e ............seria o caso de procurar um psiquiatra? Porque a pessoa não pode viver em estado permanente de guerra...

Guerra contra quem?








Só por um dia!

Sempre quis ter um blog, mas sobre o que? O assunto tinha que ser interessante a ponto de eu querer escrever mesmo que ninguém lesse. Tenho tantos interesses...fotografia, gastronomia, música, natureza, arquitetura, viagens...se eu fosse escrever sobre tudo o que eu gosto, meu blog seria uma salada de assuntos.
Aí coloquei a idéia de escrever um blog na geladeira.

Sempre senti admiração pelos vegetarianos, desde criança. Eu lembro do meu tio Amarílio, vegetariano, cabelos branquinhos.
Eu amo comer e fui criada numa família super carnívora e nada moderada, qualquer motivo era motivo pra um churrasco. Nunca fui muito fissurada em carne, mas sempre comi de todos os tipos, nunca fiz nenhum tipo de restrição. Ao mesmo tempo, sempre achei admirável quem conseguia sentir prazer comendo de forma saudável. Eu me imaginava vegetariana, a idéia combinava comigo, mas eu não conseguia nem fazer dieta normal, imagina a vegetariana...
Aí coloquei a idéia do vegetarianismo na geladeira.



Resolvi começar a escrever agorinha, estava dentro do taxi quando a idéia pipocou. Aqui estão as primeiras palavras do meu blog, sobre como resolvi radicalizar suavemente a dieta (depois eu explico como esta contradição é possível), quais estão sendo as dificuldades, as facilidades, as expectativas, as descobertas e, principalmente, como essa decisão está mudando o meu olhar sobre tudo (e eu achando que ia mudar só a minha alimentação...tsc!).

Se alguém estiver lendo e se identificar com o assunto, faça contato. De repente a gente aprende junto. Eu não tenho nada a ensinar sobre o assunto, a idéia é só contar o passo a passo de um caminho que eu desconfio e desejo que seja longo e sem volta.

O pensamento inicial pode ser que nem o do AA: só por hoje.

Porque do jeito que a gente fez lavagem cerebral desde pequeno com uma dieta baseada em alimentos de origem animal (leite, iogurte, manteiga, queijo, carne, peixe, frango, frutos do mar, mel, etc, etc, etc), não acho exagero comparar o vício neste tipo de comida imoral com o vício do álcool. Então, só por hoje, só por um dia, uma dieta com alimentos 100% de origem vegetal.  

Comecei! UHU!