18 de dez. de 2012

Dragão azul

Gostaria de registrar aqui todo o meu amor, gratidão e devoção à Blue Dragon, e os votos de que nunca - jamais! - mudem a receita do Sweet Chilli Dipping Sauce!

Eu como isso até no verão. O negócio pega fogo!


9 de dez. de 2012

Porco Gabriel

A diferença entre o porco Gabriel e o pernil que você serve no Natal é: nenhuma.








Cabelos

Tenho lido nas últimas semanas pautas sobre veganismo em veículos que não costumavam dar bola pra isso. O Globo publicou duas semanas seguidas, e até a Prazeres da Mesa na edição de Natal, lembrou que sim, há veganos interessadíssimos em gastronomia.
Demorou, hein!

A boa nova do dia foi uma matéria de meia página no Caderno Ela sobre duas marcas ecologicamente correta, mas somente uma me interessa: a Zerran, 100% vegetal, sem formol, sem parabeno, sem sulfato e biodegradáveis.

Aqui no Rio a loja fica na Av. N. Sra. de Copacabana, 1072 B - Slj 202
Tel: (21) 3923-5274/2267-5259


7 de dez. de 2012

Pé quente, cabeça fria

Maçarico no máximo no Rio, 40 graus ontem, e estamos em dezembro ainda.
Aí fico lendo nas redes sociais a reclamação generalizada. Como ando meio sem suavidade ultimamente, melhor não falar o que eu penso, porque né?, ficar enchendo o saco toda hora realmente é dose, além de ineficiente.

Mas....como aqui meus zero leitores me adoram e procuram seguir um estilo de vida cada vez mais na direção contrária, eis meu raciocínio (aliás, meu não, da ONU):

- A pecuária é a principal responsável pela emissão de gases nocivos à atmosfera e também a maior responsável pelo desmatamento, que causa o que? Dããã: aquecimento global.

- 80% do desmatamento da Amazônia é feito para abrir novos pastos.

Portanto, vc aí que está reclamando do calor e ao mesmo tempo doido pro churrascão de final de semana chegar, vai tomar no seu cu!

Viu como é simples?







28 de nov. de 2012

Em Brasília, 10%

Que ótima essa matéria da TV Brasília sobre vegetarianismo/veganismo. Geralmente nas matérias tem sempre um bonachão fazendo piadinha ou um especialista alertando para os "periiiigos" da vida sem carne. Dado o crescente número de vegetarianos em Brasília (lugar bom de comer e que eu amo), a equipe de reportagem fez o que raramente eu vejo por aí: mostrou a mente aberta e não ficou repetindo a clichezada jornalística. O repórter, que pelo visto come carne, provou a comida e gostou, foi calculada a diferença de preços para uma receita tradicional e uma vegana e, o melhor, mostraram opções veganas sem fazer cara de espanto.

Amei!


http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/11/27/interna_cidadesdf,336061/vegetarianos-ja-somam-10-da-populacao-do-distrito-federal.shtml

26 de nov. de 2012

Una vontadita...

...de fotografar esse guri!

Biel Baum, brasileirinho que mora em Barcelona e já se ligou na malandragem de não comer bicho.
Tá lá na frente o pensamento do garoto...



17 de nov. de 2012

O primeiro pesadelo vegan a gente nunca esquece

Pois bem, acordei tão atordoada que até agora minha visão está turva. E já fiz meu ritual: escovei os dentes, fiz um café, li o jornal, telefonei, vi e-mails...
Quando eu acordei, parecia que eu tinha batido a minha cabeça. Tive um pesadelo, há quanto tempo não tinha um!
Sonhei que eu tava numa casa com algumas pessoas, climinha de festa, e aí serviram uns salgadinhos. Tinha um pacotinho separado que era meu. Abri e provei uma coisa que parecia um bolinho redondinho de couve. E eis que no fundo desse bolinho tinha um camarão ou ovo-de-codorna, não deu pra saber, e eu cuspi e acordei.

Bobinho, né?
Tem a ver com o Refeitório Orgânico, almocei lá ontem, como tenho feito há alguns meses. Quando eu fui pagar a conta, no caixa, vi que tinha à venda um pacotinho com mel. Perguntei pra caixa mas o restaurante estava cheio, e ela era nova, ia chamar o gerente, e tinha gente esperando pra pagar depois de mim, então deixei quieto. Aí me veio uma interrogação sinistra: será que o almoço realmente não tem nada nada nada de origem animal, como eles pregam? Segunda eu pergunto, mas uma pulga gigantesca já se instalou atrás da minha orelha e já está se manifestando até durante o meu sono. Danou-se.

Vegan que vende mel...
What the fuck?

4 de nov. de 2012

A gafe

Eu me sentindo completamente atenta e não consumidora dos produtos de origem animal (tirando os eventuais cigarros, testados nos bichos), aposentei todas as bolsas, sapatos, cintos, cosméticos, mudei tudo na despensa, eu cheia das idéias, escrevendo blog, fazendo contato com a indústria vegana, e escrevendo pra revista, assinando revista, e fui pra SP pro Festival Vegano, e como eu tô com pouca coisa porque estou hospedada num apartamento enquanto minha casa está em obras, estou com pouca roupa, pouco sapato, pouco tudo, todo dia uso as mesmas coisas...OK então comprar um colarzinho pra me enfeitar no Festival.
Escolhi um lindo, de acrílico, grande, com peças pretas e uma branca. Não tirei ele do pescoço por uma semana, até que minha amiga Gracia bateu o olho nele e perguntou: "ué, isso aqui é osso???"
Porra, a tal peça branca de "acrílico" era um OSSO!!!!
Eu fui pro Festival Vegano com um colar enorme de osso pendurado no pescoço, não é linda essa gafe?

Noves fora a raiva de constatar como a indústria lucra com a morbidez generalizada e a gente acha supernormal, depois de me escomungar mil vezes, eu tive que rir.

É muito boa a sensação de que eu não faço mais parte do frenesi cegueta, e de como toda atenção é pouca, porque bobeou a gente tá até com esqueleto de bicho pendurado na gente.



Osso devidamente arrancado do colar, uma loja a menos pra eu gastar meu dinheiro.

Tá cortada. Mais uma na lista. A Nike desde 1997 não vê um tostão do meu bolso.

Osso no pescoço...................que bonito isso (NOT!!!)...

1 de nov. de 2012

Pausa para a Musa do Dia!


Mayim Bialik, a namoradinha nerd do Sheldon em The Big Bang Theory, em campanha vegan para o Peta!


This is Vegan Style!

Ai que delícia o meu lado adolescente ser rapidamente ativado!
Vou ter 80 anos e cair na pilha na hora quando vir um pessoal tipo esse:


Eu tenho pouco tempo de veganismo e já fico meio sem saco pras piadinhas repetitivas ("mas o alface também sofre quando você corta ele", por exemplo), então morri de rir com a cena das plantas que têm sentimento: planta chorando assistindo a um filme, planta no analista, suicídio da planta. Amei essa galera!!!

............Degree in Nutrition from the Screw You University of Israel..........<3HAHAHAHAHA....tô in love!
 

30 de out. de 2012

Viva o cogu!

Uma pequena pausa aqui só pra lembrar que quatro colheres de sopa de shitake equivalem à proteína de um bife pequeno de carne vermelha. Clique para ler mais sobre os superpoderes dos cogumelos.



Aniversário, Festival Vegano e a recaída

Ontem foi meu aniversário e para comemorar fui passar o fim de semana em São Paulo com madrinha e primos, e um dia antes fui no Bazar Vegano, em São Caetano.

Não fotografei por motivos de correria.
Minha "repórter" Maria Eduarda não pode ir, e assim ficaria muito corrido fotografar, conversar com as pessoas todas, ver e provar os produtos. Não deu nem pra assistir às palestras...nem a do Fábio Chaves.

Enfim, foi bom pra botar o pé lá, rapidinho que seja, pra ter certeza que, aconteça o que acontecer, ano que vem estarei lá, da hora da abertura até o encerramento. Tem que ser assim. E foi legal conhecer o pessoal do Move Institute, ONG que adoro e pretendo ajudar com tudo o que precisarem.

Mas na empolgação dos encontros, caipirinha, papos na varanda e música alta, eu fumei. Fumei like there is no tomorrow. Fumei mesmo tendo prometido que "nunca mais", por conta dos testes. E não me martirizei nem um minuto, mesmo tendo ouvido as alfinetadas da prima (aê Rê, essa é pra você! RonaLLLLLLLLLdo!!!). Mas foi uma onda de amor ver o empenho da galera procurando um restaurante que eu pudesse desfrutar. Obrigada, família, desculpem a chatice mas não tem jeito! Ah, e diga-se, nada barrou o churrasco vegano que meu querido primo Ricardo preparou pra mim. Arrasou, chef!

Tem 4 meses que eu cortei veementemente carnes, leite e derivados, ovos, mel, objetos de couro e seda e produtos testados em animais. Minha recaída foi fumar, OK. Mas olhando a cena de fora, pra quem fumava 1 maço por dia, comia ovinho quente no café-da-manhã e era viciada em manteiga, fumar, sei lá, uns 15 cigarros em 4 meses, tá valendo. Melhor seria não fumar nada, mas fumei, tá fumado.

Sem culpa. Recaídas acontecerão vez ou outra.

Sem maiores dramas, valorizando o que é bom: parabéns pra mim por me manter firme e não achar que a escorregada botou algo a perder.

Agora tô indo almoçar no Refeitório Orgânico, que hoje tem moqueca de banana da Terra, penne com cogumelos, ratatouille, pastel de palmito, rocambole de baroa...vai ser difícil escolher!

18 de out. de 2012

Patricinha Vegan - Londres

Sacolas e mais sacolas...estou me sentindo uma Patricinha Vegan!
Duas amigas queridas me deram de presente, diretamente de Londres......tchanaaaan......compras de mercado!!! É festa no paraíso!
Como aqui o mercado é cego, surdo e mudo, além de meio burrinho, convenhamos, porque aqui tem muita gente que quer gastar dinheiro mas não tem onde, eu vivo procurando e testando os produtos brasileiros (raros e caríssimos). Pois bem, fui presenteada com CINCO (!!!) sacolas de mercado abarrotadas com todo tipo de produto vegano que elas viram pela frente. E, segundo uma delas, isso é só a ponta do iceberg, não compraram nem 1% do que existe por lá.
MORRI!!!
Que delícia de presente!
Alguns produtos já foram testados, outros ainda não. Vou colocando aqui os comentários, pouco a pouco, conforme eu for provando.

Ainda não fotografei todos, tem muita coisa ainda pela frente. OBA!

Começando com essa belezinha chamada Japanese Rice Cakes, da marca Clearspring. Crocantes, salgadinhos...de 28 calorias por biscoito. Só pra ficar bem na foto, coloquei um pouquinho de maionese da marca Tiger Tiger, um manjericão e voilá! 



 

E agora um docinho, pra quebrar o sal.
Ginger Truffle Slice e Millionaires Shortcake, da Lazy Day Foods. O da esquerda é macio, um pouco mais leve que um brownie, com toque de gengibre pra refrescar. O da direita é crocante, bem biscoitinho, coberto com uma camada generosa de caramelo e chocolate belga. Larica vegan! God save the Queen!

   


Pra andar na bolsa, um saquinho com gotas de chocolate da Moo Free Chocolates, feito com leite de arroz orgânico, pra deixar as vacas em paz. Opção simples e ótima! O chocolate é cremoso (não me venham comparar com Callebaut porque este aqui contém uma coisa que a Callebaut não tem, queridinhos: liberdade para as vacas!). Coisa fofa! Viva as vacas!




Alicia Silverstone, a Patricinha de Beverly Hills, que por sinal é vegan!




Pronto, eu sei: a gente se aproxima cada vez mais do orgânico, do in natura quando adota uma dieta vegana, mas lógico que volta e meia dá umas escorregadas. E já que é pra escorregar, vamos escorregar direito!

Aqui, os Fudges da Fabulous Fudge Factory, os quadradinhos que me fizeram gritar de emoção quando ganhei, porque pensei que nunca mais olharia pra um doce-de-leite pensando em coisa boa (e não em sofrimento animal). Pois olhei, cheirei e beijei o pacote!

Eles são lindos, o cheiro é uma delícia, a textura é exatamente a do doce de leite de vaca. E são deliciosos! E grandões, não são pra pessoas frugais não, o pacote é grande, não dá nem pra comer muitos. Ou será que dá? A balança dirá, futuramente...





Quer conhecer a maravilhosa indústria de laticínios, incluindo as fazendas, as vacas usando sininho no pescoço e seus bezerrinhos fofos mamando? Clique aqui.

Aqui embaixo o Dairy Free Chocovered Raisins, da Fabulous Fudge Factory, isso mesmo, os mesmos fabricantes do doce de leite! Um pacotinho de passas cobertas com chocolate de soja...macias, pra gente comer o pacote em menos de 5 minutos e depois se arrepender de não ter economizado. Ué, já acabou? Ai...




Outra coisa que eu fico pensando aqui: gente, 17,5 milhões de vegetarianos no Brasil (na última medicão, ou seja, deve ter mais) e não existe um selo pros produtos?? Por que? Que verguenza! Tão simples, tão óbvio!




Um dos gostos que dão mais saudades na dieta vegana é o do queijo. Mas aí é fácil: é só lembrar do processo de produção da indústria dos laticínios que rapidamente a gente dá bye-bye, so long, farewell pro leite e seus derivados.
Aí conheci o Dairy Free Cheese Flavour Sauce Mix, da Free & Easy (não achei a página da empresa na internet), que dá aquele aconchego no coração quando bate a saudade da cremosidade do queijo. É um pó, feito de cereais e vegetais, farinha de arroz, cebola, batata, sal marinho, pimenta e um aromatizante de queijo. A textura é igual, a aparência é igual, e o gosto é de queijo. Eu gostei, mas não amei.




E agora, a descoberta mais legal de todas em termos de sabor: um caldinho em cubos, que nem aquele-que-você-sabe-qual, mas, olha só, orgânico! E vegan! E de cogumelo! Fui com tudo, expectativa alta, porque às vezes a gente precisa de um sal nessa vida, né? Então, voilá: Organic Mushroom Stock Cubes, da Kallo, para os dias de preguiça de cozinhar! Eu geralmente faço os meus caldos e molhos, e congelo. Mas esse aqui foi uma grata surpresa. Tem de vários sabores, inclusive de galinha de verdade, o que me desanimou a comprar da marca.

Mais um dilema: devemos comprar produtos, mesmo que sejam vegan, de marcas que lucram com a matança? Ainda não me decidi, mas o primeiro impulso é responder: não. E esse papo de free range comigo não cola, acho de um cinismo sem precedentes. É igual pensar que seria OK se Auschwitz fosse um condomínio de luxo, com piscina, nutricionistas...quer ir pra lá?
Veremos se o tempo vai me fazer mudar de idéia. Tomara que não.



Estes bombons de caramelo da Celtic Chocolates são maravilhosos e cremosos. De todos os chocolates que provei, achei o melhor (e o mais calórico: 170 calorias por bombom). Também fazem chocolates ao leite de vaca, então...........VIVA A MOOFREE CHOCOLATES!



E agora........JUJUBA!
Da Goody Good Stuff, empresa austríaca que produz essas belezas sem gelatina, sem gordura, sem produto animal, sem glúten e sem corantes artificiais. As jujubas têm coloração suave e uma transparência rara nas jujubas brasileiras que eu conheço, e cada uma tem realmente o sabor da sua respectiva fruta, coisa rara também. Geralmente as jujubas têm o mesmo gosto, se a gente fechar os olhos nem sabe qual está comendo. Essas não. Pura fruta. Amei!  



E aqui vai a margarina Pure, totalmente vegan. Além de ser deliciosa, derrete no pão quentinho, e é boa para cozinhar.
Quer dizer, tem indústria maneira nesse mundo, viu Unilever?
Já sabe: quando o amigo viajar, peça um potinho. Ou dois. Ou vários!


11 de out. de 2012

Mas que diabo eu tô fazendo...

...escrevendo um blog que ninguém lê?


Um registro, que seja, das coisas importantes que venho aprendendo, umas receitinhas fáceis, uns produtos bons (thanks, Cabrita!) vindos de Londres que ganhei de presente, outros que descobri aqui, muitos fatos chocantes. Já é coisa à beça, então, hoje vou reproduzir uma parte de um texto da Veddas, ONG do nutricionista, George Guimarães.


  • 18% da maior floresta tropical úmida do mundo já foi destruído
  • 80% do desmatamento da Amazônia é causado para a abertura de novos pastos
  • Segundo a ONU, a pecuária é a principal emissora de gases do efeito estufa e a principal responsável pela emissão de gases nocivos à atmosfera. Em segundo lugar, o setor de transportes.
  • São necessários cerca de 9mil litros de água para se produzir 1kg de carne. Se considerarmos todo o processo até o bife chegar no seu prato, gastam-se 20mil litros.
  • 200 toneladas de excrementos por segundos são produzidos, somente no Brasil. Escoam nos frigoríficos cerca de 4.000.000.000 (isso mesmo, quatro bilhões) de litros de sangue por ano. A amônia produzida na criacão de animais é a maior fonte de deposição ácida no solo
  • 200km quadrados de florestas tropicais são derrubados todos os anos afim de abrirem pastagens para os animais de corte
Agora, a informação que me deixou sem dormir:
  • Todo ano, 465 milhões de toneladas (peraí, não lê esse número automaticamente não! pára e pensa: 465 m-i-l-h-õ-e-s de t-o-n-e-l-a-d-a-s. pensou? pensa em 1kg de feijão que você compra no mercado. agora pensa em 465 milhões de toneladas). Assim que eu fiquei quando li esta informação.
  •  Recomeçando: todo ano, 465 milhões de toneladas (!) de grãos são destinados à alimentação de bovinos. Agora mais bolação: com 2,5% desse volume, poderíamos resolver o problema da fome no Brasil, que afeta cerca de 45 milhões de pessoas. Com a metade da ração destinada ao gado, resolveríamos o problema da fome no mundo.

A previsão é de que a produção global de carne dobrará até 2050, passando dos 229 milhões de toneladas para 465 milhões de toneladas.

Faça as contas e veja como estará o mundo em 2050. Vc tem filhos?




8 de out. de 2012

Cuidado com seus desejos pois eles podem se realizar

Um dia, na minha máxima empolgação/desespero por um mundo vegano, pensei: quem é a celebridade com mais poder sobre os fãs?
Justin Bieber!
Esse cara bem que podia virar vegano, pensei, porque aí as fãs adolescentes (que querem casar com ele) vão começar a pesquisar sobre o assunto e talvez experimentar o veganismo. Aí como todo vegano iniciante, ao pesquisar, vão ficar chocadas e de repente muitas vão mudar os hábitos definitivamente.

Só no Twitter o moço tem 28 milhões de seguidores. Se 10% desses seguidores diminuíssem ou parassem de consumir produtos de origem animal...aimeudeus...isso podia tanto acontecer...será que a mesma estratégia de marketing usada pela indústria pra fazer a gente comprar a maioria das bugigangas que a gente compra (música ruim, por exemplo), pode ser usada também pra esta causa? Mas e se essa adesão for só mais uma "modinha" passageira que vai ficar ridícula conforme o tempo passar?

Eis que fiquei nesse delírio durante um tempo e hoje de manhã eu recebo a seguinte mensagem no celular:


!!!!!!!

Fui correndo ver o que o pessoal da vida real achou, e tá rolando a maior polêmica, vários veganos falando que "agora é que queimou o filme de vez"...

Tô aqui pensando, pensando, e acho que tá valendo! Não interessa que a música dele é uma porcaria, não interessa que os meninos têm raiva dele, nem que pode ser "modinha", só interessa que MUITA gente vai se informar, pensar no assunto, talvez querer se aprofundar mais um pouco (tudo pra agradar o ídolo) e, se der uma engatinhada e chegar no filme Earthlings, bingo!

Fora que, indepententemente da adesão ser consciente ou não, não se trata de modinha. Pelo que tudo indica, teremos que mudar radicalmente os hábitos de consumo em larga escala, querendo ou não. Se pudermos dar uma aceleradinha neste processo, via Justin Bieber ou qualquer outro famoso, ótimo.

Agora é mentalizar pra Lady Gaga veganizar!

5 de out. de 2012

Saiu na Exame

Falta de água pode tornar o mundo vegetariano

É bem típico...a gente deixa primeiro a bomba explodir para aí sim mobilizar todo mundo.
Faz lembrar o apagão no Brasil. Todo mundo desperdiçava eletricidade, deixava tudo ligado, e foi só o país ficar no escuro para todos reconhecermos o valor de ter energia. Virarmos vigias. A redução nas contas de luz foi drástica, passamos a consumir lâmpadas econômicas, tiramos das tomadas os aparelhos que ficavam em stand by.

A questão toda é que sem água a gente não fica.

É como dizia o Morrissey...

"If it's not love
than it's the bomb
than it's the bomb
that will bring us together..."


Tem gente que acha que é só dar comida e água...

Ter animais requer muito mais que isso. Requer ética e responsabilidade.

Este vídeo mostra patinhos resgatados de uma mulher que os confinava. Ela dizia os amar.
Os patos nunca tinham tido contato com água, não sabiam nem se comportar no início.
Mas esses sortudos rapidamente se adaptaram. Foram resgatados pela ONG americana Woodstock Farm Sanctuary.
Vida londa a eles e a quem os respeita.




4 de out. de 2012

Pausa refrescante para o Muso do Dia

"É fácil nos posicionar sobre um assunto remoto, mas revelamos nossa verdadeira natureza quando o assunto bate à nossa porta. Protestar contra touradas na Espanha ou o assassinato de focas no Canadá e continuar comendo frangos que passaram a vida toda apinhados em gaiolas, ou carne de vitela de bezerros que foram separados da mãe, privados de deitar-se com suas pernas estendidas é o mesmo que denunciar o apartheid na África do Sul e ao mesmo tempo pedir a seus vizinhos que não vendam a casa a negros."




Falou e disse o Muso do Dia Peter Singer - Professor de Ética na Universidade de Princeton - EUA




Quatro motivos

Clique no cartaz abaixo para ver quatro motivos pra se conhecer melhor o veganismo.
Sem preconceito, sem cabeça fechada.

Quando eu comecei, foi no Vista-se que eu encontrei minhas primeiras informações. Eu amo o Vista-se!


Pirâmide alimentar vegana

Bom, meu novo nutricionista recomendou o consumo diário: 

Cereais - 7 porções:
                                  Pães - 1 fatia integral
                                  Arroz integral, trigo, cevadinha - 1/2 xícara cozida
                                  Cereais matinais - 30g
                                  Massas integrais - 1/2 xícara cozida
                                  Gérmen de trigo - 2 colheres de sopa
                               
Vegetais - 3 porções:
                                   Batatas, aipim, beterraba, cenoura, tomate, pepino - 1 unidade média
                                   Suco de vegetais - 3/4 de xícara
                                   Salada crua - 1 xícara

Frutas - 3 porções:
                                  Banana, laranja, maçã, pêssego - 1 unidade média
                                  Outras frutas - 1/2 xícara
                                  Suco de frutas - 3/4 de xícara
                                  Frutas secas - 1/4 de xícara

Soja e alternativas (cálcio) - 4 porções:
                                  Feijões, ervilha, grão-de-bico - 1 xícara cozida
                                  Tofu - 100g
                                  Castanhas - 1/2 xícara (50g)
                                  Vegetais verde escuros (couve, brócolis, quiabo) - 1 xícara cozida ou 2 cruas
                                  Algas marinhas - 1/2 xícara seca
                                  Frutas secas - 1/4 de xícara (5 unidades)
                                  Melado de cana - 1 colher de chá
                                  Leite fortificado com cálcio - 1 xícara

Feijões e similares (proteína) - 3 porções:
                                  Feijões, ervilha, lentilha, grão-de-bico - 1/2 xícara cozida
                                  Tofu - 100g
                                  Castanhas e sementes - 1/2 xícara (50g)
                                  Tahine - 4 colheres de sopa
                                  Carnes vegetais - 1 hamburger ou salsicha vegetal
                                  Leite de soja - 1 xícara


Além disso, 2 colheres de chá de óleo de linhaça frio e complemento de vitamina B12 da GNC.


Parece ótimo, e é.
O problema é o início. Como todo início, eufórico: vontade de descobrir coisas novas e provar tudo, criar receitas...mas segundo ele, isso é normal. Naturalmente eu vou me adaptando, sem pressa. É preciso respeitar este momento de euforia, sabendo que ele é passageiro. Então, continuo provando tudo o que vejo pela frente e que passa pelo minuncioso crivo da leitura de rótulos.

Daqui a pouco, vou ter que me comportar (mas só daqui a pouco).

3 de out. de 2012

Pausa refrescante para a Musa do Dia

Ali McGraw - atriz e ativista de longa data, vegetariana e maravilhosa com seus 73 anos.

George Guimarães

Óia meu nutri: entrevista do George Guimarães pro Lado H.



Restaurante - Broto de Primavera

Eu amo o Japão, e o mais perto que eu posso chegar dele atualmente é indo até a Liberdade, em SP.
Aí passei um domingo lá, vi a feirinha, entrei em tudo quanto é loja. Na minha lista tinha o restaurante Broto de Primavera, vegano. Só que quando cheguei lá, estava fechado. Não abre aos domingos.

No dia seguinte eu tinha uma consulta com o George Guimarães, nutricionista vegano, e na volta tive a brilhante idéia de ir almoçar lá.

Liguei pra confirmar se estavam aberto, e ao ouvir que fechavam em 10 minutos, soltei um tremendo "aaaaaaah, nãããão". O rapaz do outro lado da linha riu e perguntou onde eu estava (estava entrando no metrô). Diante da minha decepção, ele falou pra eu ir pra lá então, que eles iam me esperar.
O QUE??? OUVI ISSO MESMO???
Sim! Eles abriram o restaurante só pra mim! Pode uma coisa dessas?

O restaurante é pequenininho, trabalham pai, mãe e filho juntos. Todos cozinham, todos atendem. O pai, André, me ensinou várias dicas de como preparar tofu, e a Pilar, a mãe, me acalmava, pois viu que eu cheguei muito agitada, apressada, preocupada em estar atrasando tudo. Fofura a parte, que comida! Que comida! E pode repetir! O prato do dia da segunda-feira era o "Comidinha da mamãe", segundo eles pra se recuperar dos excessos do final de semana. Restaurante pequenininho, comida ótima, preço justo, família maravilhosa.

Volto lá esse mês ainda.
Quem estiver em SP não pode perder o Broto!

Rua São Joaquim, 295 - Liberdade - SP

Olha que simpatia o André. Foi ele quem atendeu o telefone.




26 de set. de 2012

Heróis ou Terroristas?

Depende do ponto de vista.
Pros animais e defensores de animais, heróis.
Pro dono de laboratórios, fazendas, frigoríficos, etc, são terroristas.
Para o FBI, a mais importante organização terrorista "doméstica". Amei!

Antes de qualquer coisa, este é um senhor documentário.
Chama-se Behind the Mask e mostra quem está por trás das máscaras da Animal Liberation Front, grupo que segue os seguintes preceitos:

1 - Libertar animais em situação de abuso
2 - Promover danos econômicos a quem lucra com a exploração animal
3 - Revelar as atrocidades cometidas contra os animais
4 - Não ferir nenhum animal humano ou não humano durante as operações



"Nós só vimos mudanças acontecerem na nossa sociedade quando leis foram quebradas", diz Shannon Keith, diretora do documentário.


Maravilhoso!
ALF rules!





Como os gatos ouvem música





Ouvindo Stevie Wonder





       Ouvindo House Music



 
Ouvindo Metal




Ouvindo Hip-Hop





Ouvindo gansta Rap





Ouvindo techno (loucão de êxatse)









Até caneta BIC?

Até caneta BIC.

Sabe aquela cena de O Iluminado? A do quarto que de repente é invadido por uma tsunami de sangue? Eu tô vendo tudo assim, desde que eu comecei a saber que pra onde a gente olha, tem sangue de animal. Seja na matéria-prima dos produtos todos - a maioria dos alimentos, móveis, roupas, sapatos, bijuterias, cosméticos - nos testes de laboratórios, nas aulas de medicina e até nos laboratórios de escolas, isso sem falar da indústria do entretenimento sádico (zoológicos, aquários, circos, etc).

Agora acabo de ler no Vista-se que a BIC testa a toxidade da tinta e do plástico em animais.

O médico Ray Greek, numa entrevista à revista Veja, disse que os testes em animais atrasam a ciência (entrevista completa aqui):


“As drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro.”



A maioria das pessoas diz que gosta de animais, mas não vejo muita adesão a um boicote aos seus produtos preferidos quando descobrem que seus fabricantes testam em animais. O simples boicote seria a melhor resposta, até porque a indústria é capaz de fazer tudo - até ser ética - pra não ter prejuízo financeiro.



24 de set. de 2012

Os 3 Pês do Marketing estúpido

1 litro de leite de aveia Isola Bio no supermercado Pão de Açúcar: R$15,00
1 litro de leite de amêndoas Amandin no Mundo Verde: R$ 31,70
1 litro de leite de arroz Bio Rice na loja Grão Integral: R$18,20 
1 litro de leite de aveia na loja virtual Sim (simalimentos.com.br) custa R$10,50 - mas está esgotado
1 litro de leite de arroz na mesma loja custa R$10,50 - também esgotado
1 litro de leite de chufa na mesma loja virtual custa R$14,20 - adivinha? Também esgotado!

Todas as marcas que eu encontro no mercado para vender são italianas. Sei que existe o da Jasmine, mas nunca encontrei pra vender aqui no Rio. Algumas vezes elas chegam na prateleira e no dia seguinte, somem. Ou seja, tem mercado pra eles.

Os produtos são caríssimos (preço médio de R$17,00).
Tem mercado consumidor!
O público-alvo tem dinheiro!
Existem revistas especializadas!
Quase não tem concorrência!
Existem pontos de venda interessados!
Só falta o produto!

Alguém me explica o porque da cegueira da nossa indústria?

Terá sido meu primeiro ato ativista?

Eu fotografo gastronomia (meu maior conflito atualmente), e um dos meus clientes é a revista Prazeres da Mesa.
Quando comecei a fotografar pra eles, em outubro de 2011, eu comia de tudo: carne de todos os bichos, leite, mel, queijos, até me gabei por ter encontrado em Paris o melhor brioche de foie-gras do universo.
Nesta época, tudo o que eu olhava e comia era associado simplesmente à "ingredientes". Nada além disso.

E aí meu mundo virou de cabeça pra baixo quando naquela noite eu caí sem querer na página que falava sobre os testes em animais feitos pela indústria tabagista, um dos primeiros posts deste blog sem leitores. Desde esse dia, minha vida virou do avesso, eu virei do avesso e o mundo todo virou do avesso.

No mesmo período, recebi a revista em casa. Matéria de capa: ESPECIAL CARNE - O beabá do churrasco perfeito e os preparos corretos para cada corte

Com aquele frisson de todo iniciante (no meu caso iniciante no veganismo), fui ler a revista e na página 26, o artigo "Orgulho Carnívoro", de Josimar Melo, me chamou atenção. Reproduzo aqui alguns trechos:

"Não foi por acaso que o homem se firmou como onívoro, por mais que os vegetarianos se coloquem no direito de determinar que a natureza está errada"

"...criaram até teorias que acusam os carnívoros de uma arrogância atroz por se julgarem uma espécie acima das outras. De minha parte, acho que o radicalismo vegetariano, sim, é "especista" (um termo deles), por se colocar no lugar de Deus e querer mudar a organização da natureza que, do ponto de vista alimentar, inclui a existência de espécies que se alimentam de outras."

"Livros como o de Richard Wrangham, Pegando Fogo, demonstram como o ser humano não se teria desenvolvido sem o consumo de proteínas animais cozidas (sim, não basta carne, tem que ser cozida...: a raw food também nos teria impedido de ter a capacidade de raciocínio que hoje temos...)"

"...não deixo de observar...a pobreza gastronômica do vegetarianismo...restaurantes vegetarianos costumam ser tediosos e repetitivos: está na hora de fazer deles também templos gourmets..."

"...a opção carnívora não deveria implicar, necessariamente, impor sofrimento aos animais...Muitos países já têm exigências legais para que o abate dos animais siga métodos que impeçam seu sofrimento...O mais incrível é que porcos, bois e peixes abatidos sem sofrimento produzem carnes melhores para o consumo..."


Eu morro de medo de virar ecochata (tenho tendências ao exagero, então tudo indica que serei), mas eu não podia, como leitora, ler tanto clichê na maior revista de gastronomia brasileira, incluindo o famigerado "se colocar no lugar de Deus". Que canseira! Na hora escrevi um e-mail para a revista. E hoje, acabo de receber meu exemplar com a minha carta publicada na página 16, sob o título "Vegetarianismo e suas discussões":

No texto "Orgulho Carnívoro", da coluna Bom de Mesa (edição 108, agosto de 2012), Josimar Melo acusa os vegetarianos de se colocarem no lugar de Deus, mas age com a mesma arrogância ao falar em nome da natureza. Ele poderia aproveitar o espaço de uma revista do porte da Prazeres da Mesa para iniciar um importante e corajoso debate sobre as práticas da indústria animal. Não precisa ser vegetariano para gostar de animais, certo? Fora isso, vegetarianos e onívoros não entrarão em acordo no que diz respeito ao consumo de produtos de origem animal, e cada grupo tem o direito de decidir o que consumir. Mas ambos poderiam somar forças para cobrar desta indústria bilionária o bem-estar do animal em vida, e não somente "garantir um abate sem sofrimento", como cita Josimar. Chefs, professores de gastronomia, alunos e entusiastas deveriam fazer questão de conhecer, do início ao fim do processo, as práticas da maioria das granjas, fazendas e matadouros que abastecem suas geladeiras, não só para saber o que servem aos seus clientes, mas para entender o que apoiam financeiramente. Vegetariano ou não, ninguém ficaria indiferente. O gosto e o cheiro dos produtos de origem animal são maravilhosos, disso ninguém - nem o mais radical dos veganos - discorda. Mas, já que somos tão cultos, sofisticados e apreciadores das boas coisas da vida, não seria razoável consumir exclusivamente produtos éticos? Ou a cegueira voluntária nos cai bem? No mais, concordo com Josimar em um único quesito: restaurantes vegetarianos são, em sua maioria, entediantes e repetitivos. Atenção cozinheiros de mente aberta: existe um grande nicho de mercado que quer gastar dinheiro e não tem onde!"

Eu não tenho autoridade nenhuma, nem entendo nada ainda do veganismo, mas peraí, ficar nessa apontação de dedo, na minha opinião, é exatamente o que faz com que ninguém tenha saco pra 5 minutos de conversa sobre esse assunto. E o assunto em questão são as barbáries cometidas dentro de granjas, abatedouros, fazendas, etc. Não interessa o que eu acho, não interessa o que o Sr. Josimar acha. O que interessa é que não existe lei nem fiscalização que garanta minimamente o bem-estar do animal. O que interessa é que o consumidor não sabe como o bife vai parar no prato dele. O que interessa é o abuso ao animal, que é tratado como lixo e depois vendido caro para os consumidores por uma indústria bilionária, que entope o bicho de hormônios, que poderia explorar o animal de maneira menos nazista, já que esta exploração não tem data para acabar. Continuaria sendo uma injustiça, mas como não acredito num mundo 100% vegano, que os campos de concentração animal tenham espaço, luz e vento. Que os impostos sejam altos pra essa indústria podre de rica e que desmata sem dó, consome água sem piedade, aprisiona, escraviza, tortura, mata e vende caro. Acho que a galera da gastronomia poderia influenciar as pessoas e cobrar mais da indústria. Eles têm visibilidade, influenciam e inspiram muita gente. Eu sinto falta deste debate nas revistas de gastronomia, e nunca vi nenhum (imagino que a pauta afastaria 99% dos anunciantes e patrocinadores). 

Já que o homem nunca vai parar de explorar animais, que tenha a decência de permitir que estes vivam com um mínimo de dignidade a vida miserável que lhes é imposta. Que a debicagem seja proibida. Que as granjas se virem para manter as galinhas fora de gaiolas, em espaço decente, que tenha ventilação, luz solar e que elas cisquem. Que o leite seja produzido de maneira que as vacas não caiam duras de exaustão. Que a indústria faça testes in vitro. E que a turma da cozinha, que anda por demais glamourizada, entre na roda e fale mais sobre isso.


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24/05/2013

Hoje, 8 meses depois de escrever o texto acima, concluo: veganizei de vez.
Impossível defender uma exploração mais "confortável".
Luz, espaço e vento? Tava esperando muito pouco da indústria. Eu acho que uma hora há de haver uma lei que simplesmente proíba criar para matar.
Mas eu estava no começo. Como o veganismo muda a gente!


21 de set. de 2012

Pausa refrescante para o muso do dia

Anthony Kiedis

Sobre comer salmão

Fiquei boquiaberta com o que eu li hoje:

Salmão brasileiro, desses que vendem no mercado, não tem ômega 3!

Segundo a nutricionista Flávia Cyfer (que não é vegetariana nem vegana), o motivo é muito simples: pra produzir ômega 3 o salmão precisa se alimentar de plânctons que só existem nas profundezas de águas geladas. Como nos cativeiros não existe alga, não existe ômega 3.

Então é o seguinte: quem compra salmão nos supermercados está pagando caro por um peixe que foi alimentado com hormônios, rações com glúten e antibióticos. É muita cretinice dessa indústria!

Cada dia que passa, conforme eu vou fuçando e aprendendo mais sobre a indústria alimentar tradicional, eu vou ficando mais chocada.


Quer ômega 3 garantido? Linhaça, nozes, óleo de canola, chia (minha nova descoberta, depois vou escrever sobre a Chia), soja, vegetais de folhas escuras!


E chega de caô pra cima de mim.

20 de set. de 2012

Pulando etapas

Hoje eu li um médico respeitado falando que o ideal é não radicalizar, começar cortando carne vermelha, depois branca, depois tomar leite só de manhã, e depois isso, depois aquilo, e ir, step by step.

Hoje eu completo 48 dias que pulei do junkie-food total para a dieta vegana, da noite pro dia.

Aí eu me lembrei que quando eu tinha 23 anos eu trabalhava num banco. Trabalhava o dia todo. Usava terninho de executiva, cabelo chanel. Aí numa quinta-feira qualquer eu acordei muito gripada, com febre, e passei o dia de cama, pensando na vida. Me deu um estalo de que eu tava deixando de ver e experimentar um monte de coisa na vida porque tava virando profissional cedo demais.

Passei a mão no telefone, liguei pra uma agência de cursos no exterior, perguntei se tinha algum curso em NY começando em breve. A moça que me atendeu falou que tinha um de inglês, que começava em 15 dias (eu já era fluente em inglês). Eu nunca tinha ido a NY, mas sempre achei que tinha a ver comigo.

Ardendo em febre, peguei um taxi, fui na agência, paguei o curso de 1 mês.
No dia seguinte pedi demissão do banco.
Quinze dias depois estava em NY, com minha conta no banco negativa. Duas semanas depois arrumei um emprego.  Fiquei lá 1 ano e volto sempre que posso.

Eu sou uma boa puladora de etapas. Quando eu tento andar certinho e fazer tudo direitinho, podes crer que o negócio desanda.



E conforme os dias passam...

...mais tranquila eu fico com minha alimentação.
Carne, ovo, leite, queijo, mel e manteiga foram para as cucuias!
Fui até num churrasco e vida normal pra mim (claro que rolaram uns pensamentos inevitáveis).
Tem muito vegano que diz que depois de um certo tempo não consegue frequentar churrasco. Verei adiante.
Eu sei que meu envelope de batatas com alecrim, azeite, alho, sal e pimenta fizeram um certo sucesso.


Pausa refrescante para o muso do dia!



Mac Danzig, lutador de MMA

Só pra reforçar

A Associação Dietética Americana (que não é um órgão vegetariano ou vegano, mas sim de medicina), publicou um artigo intitulado "A abordagem vegetariana". Nele, afirma que a dieta vegetariana previne doenças que estão diretamente ligadas à ingestão de proteína e gordura animal.


- Doenças coronarianas - Gorduras saturadas e alimentos ricos em colesterol (carne, queijo, ovo e manteiga) contribuem para o enrijecimento das artérias (arterioesclerose), que leva às doenças do coração.

- Câncer de cólon e de mama são diretamente associados à alta ingestão de gorduras e colesterol, e uma dieta pobre em fibras aumenta o risco de tumores no aparelho digestivo. Todas as instituições competentes, inclusive a Sociedade Americana do Câncer, recomendam consumo de carne baixo ou nulo.

- Obesidade: Segundo a Associação Dietética Americana, a crença de que batata, pão, arroz, feijão, massas e outros alimentos vegetarianos engordam não têm base científica. Tudo depende da combinação. E segundo a mesma associação, pesquisas comprovam que consumidores de carne apresentam mais sobrepeso do que os vegetarianos (que comem todo este festival de carboidratos considerados engordativos).

- Cáries: são menos frequentes em vegetarianos. Sorria, meu bem!

- Osteosporose: Embora carne e laticínios sejam considerados uma boa fonte de cálcio, vários estudos indicam que o consumo exagerado de proteína durante um longo período provoca a deficiência de cálcio.

E uma curiosidade: estudo realizado na Universidade de Yale mostrou que atletas vegetarianos têm mais resistência física do que os onívoros.

Fonte: Revista Time


18 de set. de 2012

YO YO YO, MAN! GO VEGAN, MAN!

Eu adoro os mano.
Esses dois de Brasília, Manoel Neto e Leonardo Ortegal, formam a Menção Honrosa, dupla de hip hop que prega a alimentação e a saúde como forma de protesto. Saúde revolucionária! Amei!




Em Deus eu não acredito, infelizmente (adoraria), mas no poder de alcance da música, oh yes!
Entonces, quero mais é que católicos, protestantes, judeus, evangélicos, budistas, adventistas, mórmons, testemunhas de Jeová, muçulmanos, espíritas e pagãos espalhem por aí a idéia do veganismo.







Bonjour, Professor Juju!

Acordei hoje e, em vez de correr pra pegar o jornal, corri pra terminar essa belezura aqui:


Livro ótimo! Leve, divertido, verdadeiro.
Comprei pra dar de presente pra uma amiga, mas confesso: furtei o presente!
É meu! Ninguém tasca!
Tô adorando esse livro. O autor é um professor de literatura, Roberto Juliano (ou Professor Juju), idolatrado por seus alunos, como pude constatar depois de um breve momentinho stalker. Aliás, foram seus alunos que inundaram a caixa-postal da TV Cultura para que ele fosse entrevistado no programa Provocações, do Antônio Abujamra, outro que adoro. Conseguiram!
Olha ele aqui (aqui está o bloco 1, de 3):



12 de set. de 2012

Me bateu uma esperança...


Depois que parei de consumir produtos de origem animal, tenho um pensamento fixo na cabeça que é: como conversar sobre este assunto sem ser chata? Como tratar do assunto sem troca de acusações, sem dedos apontados, sem defesas e ataques?

Eu desconfio de várias coisas...uma delas é que a maioria das pessoas não associa "bife" a um animal que sofreu maus tratos, e sim simplesmente à "comida". Eu mesma a vida toda olhei pra um filé de frango, um pedaço de queijo ou para um copo de leite, por exemplo, associando à "comida", a "ingrediente", nunca à indústria.

As imagens que vemos dos matadouros mundo afora são na maioria das vezes feitas por alguém com câmera escondida. Por que será? As empresas dizem que trabalham de forma ética. Então por que não nos deixam ver o que acontece lá dentro? Hein, Sadia? Hein, Perdigão? Hein, Nestlé?

As minhas estratégias para defender os animais são sempre meio delirantes, tenho uma amiga com quem compartilho minhas loucuras e rimos bastande delas. É porque tenho muita vontade de mergulhar de cabeça nesta causa, na defesa animal, mas acho que a pior estratégia é o conflito - com exceção dos atos eco-terroristas, estes eu apóio - a disputa de quem está """certo""", as comparações de estatísticas. Eu acho que a pegada é outra. As pessoas quando discutem sob pontos de vista opostos empobrecem muito o debate porque ficam tomadas pela raiva, pelo deboche. É só entrar em qualquer fórum de discussão pra ver o lodaçal intelectual.

Pois bem, para meu alívio existem esses dois senhores distintíssimos, o publicitário David Coles e o ex-vice presidente do Citibank Philip Wollen (que atualmente é diretor de uma ONG), ambos homens cultos, com visão crítica do mundo e dispostos a conversar civilizadamente - olha que raridade!

Eles estão no documentário australiano Compaixão, dirigido por Aaron J. March. Segue um aperitivo do que vem por aí.




Sem cenas fortes, sem brigas, sem gritarias (eu sei que às vezes elas são necessárias e até fundamentais, mas é bom poder raciocinar amplamente, sem disputar nada com ninguém).
 
Tô achando que este documentário vai fazer muita gente, independentemente da dieta, pensar no assunto de maneira mais aberta, menos repetitiva e menos clichê.

Desta maneira, acho que muita gente vai naturalmente se recusar a patrocinar esta atrocidade generalizada que cometemos diariamente com os animais, sem data para acabar, desde que o mundo é mundo, e talvez passemos a associar "bife" a um ser que era vivo, foi criado nas piores condições e morto brutalmente.

Tomara.

9 de set. de 2012

Fetiche vegan é ir à feira!

"Há pessoas que, para terem experiências místicas, fazem longas peregrinações a lugares onde anjos e seres do outro mundo aparecem. Eu, ao contrário, quando quero ter experiências místicas, vou à feira. 
Cebolas, tomates, pimentões, uvas, caquís e bananas me assombram mais que anjos azuis e espíritos luminosos. São entidades assombrosas. Você já olhou para elas com atenção?"
Rubem Alves


Atemóia submarina - não ficou parecida com um peixe-lua??





  Peach kiss





  Quiabo by night - vai saber porque, mas eu olho pra essa foto e lembro de Barcelona (???)

 



 Just singing - and dancing - in the rain






Monster!

6 de set. de 2012

Gracias, muchacho!

Bons momentos contigo no Two And a Half Men!

Mimimi Onívoro X Mimimi Vegano - II

Entrei numa página de discussão sobre veganismo...gente...que tristeza!
Um show de grosserias, ataques pessoais, acusações, sangue quente, argumentos pobres!
Saí num piscar de olhos.
E aí achei o Guia das Falácias, com todos os argumentos possíveis contra o veganismo e suas respectivas respostas.



Pra quem quer pensar no assunto, e não ficar como idiotas bradando argumentos pra lá de batidos.

Viremos o disco, cambada!


O pequeno mestre

Ou como derrubar em menos de 15 segundos a teoria de que nascemos carnívoros.








Gary Yourofsky está certo.
Nascemos defensores dos animais, e em algum momento nos ensinam que 'tudo bem matar".


Conflitos, conflitos...

Faz pouco tempo essa minha adesão à alimentação vegana.

O curioso pra mim é que, no instante em que tomei a decisão (que foi quando realmente parei pra me informar assistindo filmes, documentários, lendo revistas, livros e sites) veio uma sensação de alívio.

Eu achei que seria difícil, porque é uma mudança profunda na forma de se alimentar. Dá trabalho no início, tem que ler os rótulos de tudo, a composição dos produtos, fora os desejos...
Mas como tudo, depois que a gente se familiariza, fica automático. 
Tá meio cedo pra cantar vitória, mas desde o dia da minha decisão, tive zero dúvida, zero tentação.
O que não quer dizer zero conflito.

Meu conflito atual é que o meu trabalho é fotografar gastronomia.
Eu amo fotografia, eu amo gastronomia, eu amo cozinha, eu amo a galera da cozinha.
Quando eu entrei pra este segmento, fiquei muito, mas muito feliz. Eu ainda comia de tudo, nem pensava e muito menos conhecia a indústria animal.

Agora me vejo na seguinte situação: consegui trabalhar naquilo que gosto, gosto das pessoas, gosto da gastronomia, adoro a galera da cozinha, mas depois que parei pra conhecer as práticas da indústria, não me sinto mais confortável fotografando comida. Muita carne, muito leite, muita manteiga, muitas delícias e muito bicho sendo confinado, torturado e morto non stop, para todo o sempre.
Não posso mais.

Então, estou tendo que ter sangue frio pra fazer uma transição para outro segmento e quase toda transição é lenta.
Lenta demais.
Tomara que eu consiga logo.

Estou me oferecendo para ONGs e marcas veganas para fotografar de graça, pra tentar contrabalançar a culpa, mas ou elas ficam longe demais ou já têm fotógrafo.

Tô me sentindo Israel e Palestina unidos numa pessoa só.
Mas eu dou um jeito. Sempre dou um jeito. Quando essa novela acabar, sentirei novo alívio.

Que venha.


Mercado Vegano

Conheci no site do Move a empresa Canna, que fabrica bolsas, carteiras, pastas e chaveiros com materiais de origem vegetal e design moderno e minimalista.

É maravilhoso ver que existe um mercado e que as pessoas estão perdendo o medo de investir nele. Eu fico com a impressão de que está no inconsciente coletivo das pessoas que vegetariano ou vegano necessariamente faz yoga, é zen, ouve Enya e só come broto de alfafa. Por isso, adorei quando vi o site da Canna, e fiquei mais fã ainda porque tanto a matéria-prima quando a fabricação são brasileiros. Arrasou, Fernanda Cannalonga, dona da marca.

Vida longa à Canna! Vou encomendar a minha.




30 de ago. de 2012

Respect tietagem!

Meu ídolo na adolescência foi o Morrissey.
Eu tinha 16 anos e musicalmente meu gosto se formou nesta época. Desde 86 escuto Morrissey. Tenho todos os álbuns, já fui a dois shows, tenho DVDs. Sou tiete ainda.

Hoje, aos 40 anos, é maravilhoso ainda se sentir conectada com toda a força do mundo com o ídolo da adolescência. Quantas pessoas têm este privilégio? Não parece que a tendência do adulto é se distanciar de quase tudo o que lhe era importante na infância e adolescência?

Ele sempre falou sobre vegetarianismo. Mais um ensinamento do meu querido Steven Patrick (tô falando que eu sou tiete!).

Thanks, Moz! I really, really love you.

:-)





Heifer whines could be human cries
Closer comes the screaming knife
This beautiful creature must die
This beautiful creature must die
A death for no reason
And death for no reason is MURDER

And the flesh you so fancifully fry
Is not succulent, tasty or kind
It's death for no reason
And death for no reason is MURDER

And the calf that you carve with a smile
Is MURDER
And the turkey you festively slice
Is MURDER
Do you know how animals die?

Kitchen aromas aren't very homely
It's not "comforting", cheery or kind
It's sizzling blood and the unholy stench
Of MURDER

It's not "natural", "normal" or kind
The flesh you so fancifully fry
The meat in your mouth
As you savour the flavour
Of MURDER


NO, NO, NO, IT'S MURDER
NO, NO, NO, IT'S MURDER
Oh ... and who hears when animals cry ?